Estudo das interações entre as subunidades do fator de transcrição NF-Y em mamona (Ricinus communis)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fonini, Leila Spagnolo
Orientador(a): Margis-Pinheiro, Márcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233092
Resumo: NF-Y é um fator de transcrição heterotrimérico que reconhece e se liga ao motivo CCAAT, o qual está presente em diversos promotores eucarióticos, regulando genes relacionados, por exemplo, com o desenvolvimento, a proliferação celular e a síntese de ácidos graxos. Enquanto em animais cada subunidade é codificada por apenas um gene, em plantas, cada subunidade é codificada por uma família gênica. Em mamona, a subunidade “A” é codificada por seis genes, a subunidade “B” por doze genes e a subunidade “C” por sete genes. Com relação aos membros da subunidade B, duas classes de proteínas foram identificadas, as do tipo LEC1 (LEC1 e L1L) e as do tipo Não-LEC1. Os genes que codificam as proteínas do tipo LEC1 estão presentes no genoma de plantas vasculares, apresentam padrão de expressão semente-específico e codificam proteínas que formam dímeros com membros de NF-YC, possivelmente regulando genes relacionados à embriogênese, à maturação da semente e à síntese de ácidos graxos, por exemplo. Em plantas, poucos trabalhos investigaram o modo de associação entre as subunidades deste fator de transcrição, e o modelo animal é atualmente aceito. No entanto, especula-se que a subunidade A tenha uma função reguladora negativa, e que as subunidades B e C atuem em conjunto com outros fatores de transcrição e outras proteínas regulatórias. No presente trabalho, análises de PCR quantitativa mostraram que cinco dos seis genes que codificam a subunidade A são expressos durante o desenvolvimento de sementes de mamona, indicando que esses genes possuem expressão tempo-espacial compatível com a expressão dos genes do tipo LEC1, podendo teoricamente atuar como seus parceiros moleculares. A análise do interatoma entre os membros da subunidade A e os membros das subunidades B e C demonstra que esses fatores atuam de maneira complexa, tendo parceiros moleculares preferenciais e, diferentemente do modelo atualmente aceito, alguns membros das subunidades A e C parecem formar dímeros. Além disso, pode ser visto que LEC1 e L1L não apresentam os mesmos parceiros moleculares em sua totalidade, corroborando com a hipótese de que seus papeis não sejam totalmente redundantes.