Amadurecimento e conservação pós-colheita de peras Europeias produzidas no Brasil
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1198 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo definir o tempo necessário de condicionamento por frio para indução e uniformização do amadurecimento, buscar alternativas para controle de distúrbios fisiológicos e uso de atmosfera modificada para prolongar o período de armazenamento de peras Europeias produzidas no Brasil. Para tanto, foram conduzidos sete experimentos, apresentados em três capítulos. No capítulo 1, buscou-se definir o tempo necessário de condicionamento por frio para u uniformização do amadurecimento de peras. Realizou-se três colheitas de frutos de'Abate Fetel', 'Rocha' e Packham's Triumph' em intervalos semanais onde cada colheita constituiu um experimento fatorial (7x3), sendo sete períodos de manutenção sob baixa temperatura (0, 20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias) e três de manutenção em ambiente simulado a 20 ± 1 °C (zero, três e seis dias). Observou-se que, nas condições brasileiras, as cultivares necessitam de diferentes períodos de condicionamento por frio para a indução do amadurecimento, variando de acordo com a data de colheita. No capítulo 2, objetivou-se verificar alternativas para redução da ocorrência de distúrbios fisiológicos. Realizou-se o primeiro experimento a fim de avaliar diferentes datas de colheita em relação ao potencial de armazenamento e diminuição da incidência de distúrbios fisiológicos e o segundo experimento, onde se buscou verificar alternativas para o controle dos distúrbios fisiológicos por meio do uso de etanol, metil jasmonato e 1-MCP em peras 'William's'. No primeiro experimento foram realizadas três colheitas em intervalos semanais. As peras foram avaliadas logo após a colheita, aos 20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias de manutenção sob baixa temperatura e três de manutenção em ambiente simulado a 20 ± 1 °C (zero, três e seis dias). No segundo experimento os frutos foram colhidos quando a firmeza de polpa atingiu 90N e foram submetidos aos tratamentos: (T1) Controle: manutenção dos frutos em temperatura de 0 ± 1 °C; (T2) Metil jasmonato: os frutos foram expostos ao metil jasmonato por 24 horas a temperatura de 20 ± 1 °C com concentração de 10-5 mol/L; (T3) Vapor de etanol: os frutos foram expostos a álcool etílico durante 24 horas a temperatura de 20 ± 1 °C na proporção de seis mL/kg de fruto e (T4) 1-MCP: frutos foram tratados por meio da exposição de 1-MCP durante 24 horas e armazenados a temperatura de 0 ± 1 °C na concentração de 300 ppb. Os frutos da primeira data de colheita apresentaram menor incidência de distúrbio fisiológico e suportaram maior tempo de armazenamento refrigerado. O tratamento com etanol foi capaz de manter a firmeza de polpa dos frutos por até 90 dias e reduziu a incidência de distúrbios fisiológicos, mas conferiu gosto residual ruim aos frutos. O uso do 1-MCP possibilitou o armazenamento dos frutos por até 120 dias sem incidência de distúrbio fisiológico. Finalmente, no capítulo 3, objetivou-se verificar a utilização de atmosfera modificada para prolongar o período de armazenamento de frutos de peras 'Rocha' e Packham's Triumph', colhidos com firmeza de polpa de 67,61 e 74,69N, respectivamente. Os frutos foram divididos em dois lotes e submetidos aos tratamentos: Controle: frutos foram dispostos em caixas plásticas e armazenados em câmara fria com temperatura de 0 ± 1 °C e umidade relativa em torno de 90 ± 5%, por até 180 dias; Atmosfera modificada: os frutos foram mantidos em caixas plásticas e revestidos com filme de polietileno de baixa densidade linear (100 μm) com aditivo BIF 1500 6% (Bag it Fresh B.I.F. 1500, Magna Chemical Canada Inc.), por até 180 dias. Cada tratamento constitui um experimento em esquema fatorial (7x2), sendo sete períodos de armazenamento refrigerado (0, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias) e dois períodos de ambiente simulado (0, 5 dias). O uso de atmosfera modificada possibilitou armazenar frutos de peras 'Rocha' e 'Packham's Triumph' por até 180 dias, sem comprometer a qualidade. |