Diagnóstico da colheita e transporte florestal em propriedades rurais fomentadas no Estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Canto, Juliana Lorensi do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3048
Resumo: Este estudo foi desenvolvido com informações obtidas de entrevistas com 71 proprietários rurais fomentados pela Aracruz Celulose, no Estado do Espírito Santo, com o objetivo principal de diagnosticar, sob os aspectos técnico, econômico, social e ambiental, a colheita e o transporte florestal em suas propriedades. Esses proprietários foram responsáveis por 92 contratos de fomento florestal em processo de colheita e transporte de madeira, entre outubro de 2004 e outubro de 2005, distribuídos em 22 municípios do Estado e cinco depósitos regionais para entrega da madeira. As informações foram obtidas por meio de dois questionários específicos, um para os proprietários que terceirizaram a colheita florestal e outro para os proprietários que a realizaram por conta própria. A área fomentada por contrato variou entre 1,5 e 100 hectares, sendo de até 20 hectares em 76,1% deles e com relevo montanhoso em 59,8%. Os resultados apontaram diferenças entre as regiões dos cinco depósitos de entrega de madeira, em termos de características das propriedades, perfil dos proprietários e área dos contratos de fomento florestal. A colheita e o transporte florestal foram terceirizados em 64,1% dos contratos, sendo os principais motivos a falta de máquinas e equipamentos, indisponibilidade de tempo e falta de mão-de-obra especializada e de caminhão. Foi constatado que a tecnologia de colheita florestal não foi a mesma nas regiões dos cinco depósitos de entrega de madeira, sendo constatadas, também, diferenças entre os subsistemas e métodos utilizados na colheita florestal terceirizada e própria. Na colheita florestal terceirizada, o principal subsistema utilizado foi composto por: 1) corte, com as atividades de derrubada, desgalhamento e traçamento realizadas com motosserras; 2) extração mecanizada; 3) carregamento manual dos veículos de transporte; e 4) transporte realizado com caminhões de três eixos. Na colheita florestal por conta própria, o principal subsistema utilizado foi composto por: 1) corte, com as atividades de derrubada e traçamento realizadas com motosserras, e o desgalhamento foi com ferramentas manuais (machados e facões); 2) extração manual; 3) carregamento manual dos veículos de transporte; e 4) transporte realizado com caminhões de dois e três eixos. Os principais entraves da colheita e do transporte florestal, identificados pelos proprietários, referiam-se às condições climáticas, à falta de mão-de-obra especializada e às péssimas condições das estradas. A maioria dos proprietários que terceirizaram a colheita florestal não teve dificuldade em contratar um prestador de serviço. No entanto, grande parte daqueles que realizaram a colheita por conta própria teve dificuldade em contratar mão-de-obra qualificada, confirmando o fato de esse ser um dos principais motivos da terceirização e dos entraves identificados pelos proprietários rurais fomentados.