Análise exploratória dos fatores determinantes da estrutura fundiária em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Alcantara Filho, José Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Desenvolvimento econômico e Políticas públicas
Mestrado em Economia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3254
Resumo: Objetivou-se, neste trabalho, analisar os fatores determinantes da estrutura fundiária em Minas Gerais, bem como avaliar o impacto do crescimento agropecuário, do uso de tecnologias agrícolas e da distribuição de assentamentos sobre as variações na concentração de terras entre 1995 e 2006. Foram utilizados o Índice de Gini para mensurar a desigualdade de terras, a análise fatorial para se construir o índice Tecnológico Agrícola Fatorial, além de técnicas econométricas espaciais, a fim de se estimar o modelo. Os resultados mostraram não só a manutenção de elevadas taxas de desigualdade de terras como tendência de concentração fundiária entre 1995 e 2006. Percebeu-se ainda que as grandes propriedades têm, em média, níveis de produtividade da terra muito inferiores às pequenas. Além disso, os efeitos tanto do valor da produção quanto das políticas de assentamentos em relação à desigualdade de terras foram praticamente nulos; logo, conclui-se que, embora a hipótese de Kuznets tenha sido satisfeita, não há expectativa de redução no padrão de desigualdade atual, a menos que haja uma política intensiva de distribuição de terras. Quanto à análise da dinâmica da estrutura fundiária entre 1995 e 2006, notou-se que a elevação dos níveis de concentração foi maior em regiões com melhores distribuições de terras no período inicial. Verificou-se ainda que regiões com maior uso de tecnologias contribuíram para o aumento da desigualdade no período analisado. Por outro lado, a política de assentamentos não foi capaz de desacelerar o processo de concentração fundiária em Minas Gerais.