Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Poliana Cristina de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11716
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Resumo: |
E notória a mudança nos padrões alimentares da população, onde a alimentação tradicional tem sido substituída pelo consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Esse comportamento alimentar é um fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis na população, inclusive entre as crianças. O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores associados ao consumo de frutas, hortaliças e ultraprocessados na infância com ênfase no tempo de aleitamento materno exclusivo e comportamento sedentário de crianças de 4 a 7 anos. Trata-se de uma coorte retrospectiva com crianças de 4 a 7 anos, que foram acompanhadas nos primeiros seis meses de vida pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC). A prática do aleitamento materno exclusivo (AME) foi avaliada nos prontuários do PROLAC. Um questionário semiestruturado foi aplicado com as mães para a investigação de variáveis sociodemográficas e de hábitos de vida das crianças. O consumo alimentar foi avaliado pelo registro alimentar de 3 dias. Os alimentos foram agrupados em frutas e hortaliças e de acordo com a classificação NOVA em alimentos in natura ou minimamente processados, alimentos processados e ultraprocessados. Modelos de regressão linear e logística multinomial ajustados foram propostos para avaliar as associações. Foram avaliadas 403 crianças de 4 a 7 anos, sendo 55,1% do sexo masculino, com idade média de 71,8 112,0 meses. A mediana de escolaridade das mães foi de 11 (2 - 18) anos e da renda per capita de 340,0 (67,7 - 2500,0) reais. A prática do AME por 4 meses ou mais foi de 60,9%. A prevalência de excesso de peso entre as crianças foi de 25,6%. O percentual de contribuição de ultraprocessados na dieta foi de 38% e 43% de alimentos processados e ultraprocessados. O AME com tempo inferior a 4 meses esteve associado com o menor consumo de frutas e hortaliças (OR: 1,8; IC 95%: 1,1 - 3,0; p valor: 0,030) e maior participação de ultraprocessados (OR: 1,7; IC 95%: 1,1 - 2,9; p valor: 0,040) na dieta de crianças de 4 a 7 anos. O tempo de tela excessivo se associou a ingestão de frutas e hortaliças no 2º tercil (OR:1,8; IC95%: 1,1 - 3,1; p valor: 0,037) e o menor tempo de permanência na escola se associou com o consumo no lº tercil (OR:2,0; IC95%: 1,1 - 3,9; p valor: 0,043) e 2º tercil (OR:2,0; IC95%: 1,1 - 3,9; p valor: 0,031). Apenas o tempo de tela excessivo se associou com a maior participação de ultraprocessados na dieta das crianças (OR:1,8; IC95%: 1,1 - 3,2; p valor: 0,040). Em conclusão, as crianças brasileiras de 4 a 7 anos com tempo inferior a 4 meses de AME apresentaram menor consumo de frutas e hortaliças e maior contribuição de ultraprocessados na dieta. A menor permanência no ambiente escolar se associou ao menor consumo de frutas e hortaliças. O comportamento sedentário das crianças se associou à baixa ingestão de frutas e hortaliças e o elevado consumo de ultraprocessados. |