Estimativa da excreção urinária de derivados de purinas a partir do consumo de NDT e determinação da contribuição endógena em vacas de leite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pellizzoni, Samantha Gusmão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5054
Resumo: Objetivou-se estimar a excreção urinária de derivados de purinas a partir do consumo NDT e determinar a contribuição endógena em vacas de leite. O experimento foi realizado na unidade de ensino, pesquisa e extensão em gado de leite (UEPE-GL) durante o mês de março de 2010. Utilizaram-se doze vacas da raça Holandesa, puras e mestiças, alocadas em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos em função da produção de leite, que foram determinadas como Alta, Média e Baixa seguindo as seguintes faixas de produção: 33,50, 18,42 e 11,07 kg de leite/dia, respectivamente. A dieta foi constituída de silagem de milho à vontade e concentrado fornecido na proporção de um kg para cada três kg de leite produzido. O período experimental teve duração de 15 dias, sendo sete para adaptação e oito dias para realização das coletas de urina, fezes, sangue e leite, bem como para avaliação do consumo e digestibilidade aparente. As ordenhas foram realizadas em dois horários, às 6:00 h e 16:00 h. Os resultados foram avaliados por meio de análises de variância, utilizando-se nível de 5% de probabilidade para o erro tipo I, por intermédio do programa SAS, sendo utilizado o teste de T para comparação de médias. As relações entre as excreções diárias dos derivados de purinas e os consumos de nutrientes digestiveis totais (CNDT), de matéria orgânica digestível (CMOD) e de matéria seca (CMS) foram avaliadas através do modelo de regressão linear simples. Não houve diferença (P>0,05) para os teores de lactose e gordura do leite, porém, o percentual de proteína foi superior para vacas de baixa produção (P<0,05). Os consumos de todos os nutrientes, exceto o de fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) e fibra insolúvel em detergente neutro indigestível (FDNi), foram maiores para os animais de maior produção. As digestibilidades da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta, e carboidratos não fibrosos e os teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) não diferiram entre os tratamentos (P>0,05), enquanto que as digestibilidades do extrato etéreo e da FDNcp, foram influenciadas pelo nível de produção de leite, sendo menores para vacas de Alta produção. Os teores de nitrogênio uréico no plasma e no leite e a excreção de compostos nitrogenados (N) na urina foram altamente correlacionados e superiores (P<0,05) para animais mais produtivos, indicando que a concentração variou com o nível de produção de leite. As excreções urinárias dos derivados de purinas (DP) e uréia, bem como as relações de alantoina:creatinina, ácido úrico:creatinina, derivados de purina:creatina e uréia:creatinina, quando comparadas entre os diferentes tempos de coleta spot de urina e coleta total de urina durante 24 horas, não apresentaram diferença significativa (P>0,05). A síntese ruminal de proteína bruta microbiana e a excreção de DP foram relacionadas com o consumo de NDT e de matéria orgânica digestível (MOD), sendo obtidos 23,48 mmol de DP para cada kg de NDT consumido e 25,50 mmol de DP para cada kg de MO digestível, sendo possível observar que ambas as relações podem ser utilizadas para realizar estas estimativas. A coleta spot pode ser utilizada para estimar a excreção diária de derivados de purinas e de uréia na urina em vacas, independentemente do nível de produção. Tanto a utilização do consumo de NDT quanto de MOD podem ser utilizados com o intuito de estimar os derivados de purinas urinários. Considerando a excreção de DP em mmol/kgPC0,75 e o consumo de matéria seca expresso em g/kg PC0,75, obteve-se o valor da fração endógena de DP de 0,237 mmol/kgPC0,75.