Controle biológico de Angiostrongylus cantonensis utilizando fungos nematófagos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5187 |
Resumo: | As parasitoses, do ponto de vista médico e social, representam importantes problemas de saúde pública. No Brasil, em média um terço da população vive em áreas com risco de transmissão e ocorrência de doenças parasitárias. A falta de saneamento básico, bem como fatores ambientais próprios de clima tropical, desigualdade das condições socioeconômicas dos indivíduos e a falta de informação favorecem sua ocorrência. Os processos de colonização, estabelecimento de novas rotas de comércio e migração humana, contribuíram para a introdução de patógenos transportados por seus hospedeiros para outras regiões. Dessa forma, várias espécies se encontram fora de sua área de origem. O parasito Angiostrongylus cantonensis e o caramujo exótico Achatina fulica, são dois exemplos de organismos que foram introduzidos no Brasil. A. fulica é um dos hospedeiros intermediários do parasito A. cantonensis, responsável por causar em humanos, doença conhecida como meningoencefalite eosinofilica, podendo levar indivíduos parasitados a óbito. Em várias regiões do país, foi confirmada a presença deste parasito ocorrendo naturalmente, bem como casos de humanos infectados. Dessa forma, medidas de controle alternativo, são importantes para evitar sua dispersão. Nesse contexto foi avaliada a capacidade predatória de oito isolados fúngicos pertencentes ás espécies Duddingtonia flagrans (isolados: AC001, CG768 e CG722), Monacrosporium thaumasium (isolado: NF34), M. sinense (isolado: SF53) e Arthobotrys robusta (isolado: I31), A. cladodes (isolado: CG719) e A. conoídes (isolado: I40) sobre larvas de primeiro estádio (L1) de A. cantonensis em condições laboratoriais. Foram formados nove grupos: oito grupos tratados com os diferentes isolados, e um grupo controle (sem fungos). Os grupos tratados continham 1000 conídios dos isolados fúngicos e 1000 L1 de A. cantonensis em placa de Petri contendo o meio Agar-água 2% (AA2%). O viigrupo controle continha apenas 1000 L1 de A. cantonensis em AA2%. Evidências da atividade predatória de todos os isolados fúngicos testados, foram observadas ao final de sete dias do experimento, através da recuperação das larvas (L1) não predadas, sendo observados os seguintes percentuais de redução com os respectivos isolados: AC001 (82,8%); CG768 (71,0%); CG722 (72,8%); NF34 (86,7%), SF53 (89,7%); I40 (48,3%), CG719 (84,7%) e I31 (80,4%). Não houve diferença (p>0,01) entre a ação dos isolados utilizados ao final de sete dias, no entanto, foi observado diferença (p<0,01) em relação ao grupo controle. Os resultados demonstraram que os fungos pertencentes aos gêneros Duddingtonia (AC001, CG768 E CG722), Monacrosporium (NF34 e SF53) e Arthrobotrys (I31 e CG719), poderiam ser utilizados no controle biológico, uma vez que estes foram capazes de reduzir a população de larvas (L1) de A. cantonensis in vitro. |