Avaliação dos atributos de qualidade envolvidos na desidratação de manga (Mangifera indica L.) var. Tommy Atkins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Reis, Ronielli Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8945
Resumo: Realizou-se um estudo para avaliar os atributos de qualidade envolvidos durante a desidratação e o armazenamento de manga (Mangifera indica L.) var. Tommy Atkins. Primeiramente definiu-se o melhor tratamento químico para prevenir reações de escurecimento e oxidações que ocorrem durante a desidratação e armazenamento, a partir de dados de aceitação sensorial. Fatias de manga foram tratadas em quatro soluções de ácido cítrico com ácido ascórbico e desidratadas à 60 °C até um teor de umidade final de 15-20 % (b.u.). Pelo mapa de preferência interno gerado para cada um dos atributos sensoriais cor, aroma, sabor e impressão global, definiu-se o melhor tratamento químico. O tratamento utilizando-se 25 mg/L de ácido cítrico combinado com 75 mg/L de ácido ascórbico foi aceito por um grupo maior de consumidores, sendo considerado o mais eficiente para preservar a cor característica da manga. Após a definição do tratamento químico, realizou-se a desidratação da manga utilizando-se duas temperaturas de secagem (60 e 70 °C). Realizou-se análises físicas e físico-químicas para a caracterização da manga in natura e do produto desidratado. Durante o processo de secagem da manga foram determinadas as alterações no teor de umidade, atividade de água e coordenadas de cor (L*, a* e b*). O modelo exponencial foi utilizado para obtenção das curvas de secagem não sendo constatada diferença entre as duas temperaturas utilizadas. As coordenadas L* (luminosidade) e a*(intensidade de vermelho) aumentaram durante o processo de secagem, enquanto a coordenada b* (intensidade de amarelo) reduziu. A atividade de água (Aw)também reduziu ao longo da secagem, alcançando valores abaixo de 0,60. Avaliou-se também os efeitos de duas embalagens: PVDC (polivinildicloro) e PETmet/PE (polietileno tereftalato metalizado + polietileno) sobre as características de qualidade da manga desidratada às temperaturas de 60 e 70 °C, ao longo de 120 dias de armazenamento. O produto desidratado foi embalado à vácuo (-650 mmHg), armazenado à temperatura ambiente (25 + 5 °C) e sob luz natural e então realizadas análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais. O teor de umidade, pH e acidez titulável praticamente não alteraram durante o armazenamento. A atividade de água sofreu um ligeiro aumento, entretanto, manteve-se dentro da faixa adequada para frutas desidratadas. A cor alterou-se, sendo verificada pelas coordenadas L*, a* e b* e teor de carotenóides totais. As três coordenadas de cor reduziram durante o armazenamento, entretanto a maior diminuição foi verificada na coordenada b* (intensidade de amarelo). A degradação de carotenóides foi a mesma para os quatro produtos referente às combinações de temperatura de secagem (60 e 70 °C) e embalagem (PVDC e PETmet/PE), seguindo uma reação de primeira ordem. O produto desidratado apresentou-se com baixa contagem para bolores e leveduras e coliformes fecais, indicando boas condições de processamento e armazenamento. A aceitação sensorial dos quatro produtos foi avaliada, nos tempos 60 e 120 dias de armazenamento, por meio de testes afetivos. Os resultados foram analisados por mapa de preferência interno dos atributos sensoriais: cor, aroma, sabor e impressão global. O produto desidratado a 60 °C e embalado em PETmet/PE foi o menos aceito para todos os atributos avaliados, não satisfazendo portanto às exigências do consumidor. Já o produto desidratado a 70 °C e embalado em PVDC foi o mais aceito pelos consumidores em relação a todos os atributos avaliados nos dois tempos de armazenamento.