Produtos naturais e o parasitoide Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae) no controle de Diaphania hyalinata (Lepidoptera: Crambidae)
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Mestrado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4578 |
Resumo: | Cucurbitaceae apresenta plantas dicotiledôneas com importância alimentícia, econômica e social. Diaphania hyalinata (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Crambidae), pode causar perdas na produção por danos à folhas e frutos e se destaca entre as pragas dessa família. Seu controle é realizado principalmente com inseticidas químicos, porém métodos menos agressivos ao ambiente vem sendo estudados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de Trichospilus diatraeae Cherian & Margabandhu, 1942 (Hymenoptera: Eulophidae), o efeito da densidade de parasitismo e da idade da pupa na reprodução desse parasitoide no hospedeiro natural D. hyalinata, além de avaliar a toxicidade de óleos essenciais e do produto comercial Azamax® nas fases de ovo, lagarta e pupa dessa praga. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Controle Biológico de Insetos (LCBI) do Instituto de Biotecnologia Aplicada a Agropecuária (BIOAGRO) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em Viçosa, Minas Gerais. No primeiro estudo, aspectos reprodutivos de T. diatraeae foram avaliados. Dez pupas de D. hyalinata com 48 horas de idade foram individualizadas e expostas ao parasitismo por dez fêmeas do parasitoide, cada uma, por 24 horas. O parasitismo e a emergência de progênie foram de 100% e 90%, respectivamente. A duração do ciclo de vida de T. diatraeae foi de 19,11 ± 0,11 dias com 167,78 ± 23,79 descendentes por pupa e razão sexual de 0,94 ± 0,01. No segundo estudo, cada tratamento (densidade de parasitoide e idade de pupa) teve 12 repetições. Pupas de D. hyalinata foram expostas a diferentes densidades de fêmeas de T. diatraeae (1:1, 4:1, 8:1, 12:1, 16:1, 20:1 e 24:1) por 24h. A densidade do parasitoide não afetou a porcentagem de parasitismo e a emergência de T. diatraeae. O aumento da densidade de T. diatraeae reduziu a progênie, razão sexual, longevidade e a cápsula céfalica de fêmeas e machos desse parasitoide. A duração do ciclo de T. diatraeae foi proporcional ao aumento da densidade de suas fêmeas. O efeito da idade de pupas foi avaliado com estas isoladas com diferentes idades (24, 48, 72, 96, 120 e 144h) e expostas por 24h a oito parasitoides cada uma. A idade das pupas de D. hyalinata não afetou a porcentagem de emergência, o parasitismo, a razão sexual e a longevidade (fêmeas e macho) de T. diatraeae. O aumento da idade das pupas reduziu a descendência, ciclo de vida e a cápsula cefálica de T. diatraeae. No terceiro estudo, cada fase do desenvolvimento de D. hyalinata recebeu diferentes concentrações de óleos essenciais (canela, cravo, laranja) e do produto Azamax® (variando de 0,25% a 25%) diluídos em acetona e o controle teve, apenas, acetona. Discos de papel com 20 ovos foram pulverizados com cada material, utilizando-se quatro discos por tratamento, cada um representando uma repetição. Discos de folhas de abóbora foram imersos em cada tratamento e oferecidos às lagartas no terceiro estádio de D. hyalinata, com quatro repetições de 10 lagartas cada. Pupas dessa praga foram imersas por cinco segundos em cada um dos tratamentos, com quatro repetições de 10 pupas cada. As CL50 de 1,70; 0,97; 40,08 e 1,18 μL/ml para ovos, e 14,07; 48,92; 90,31 e 6,18 μL/ml para pupas e CL90 de 6,17; 2,38 e 648,50 e 15,67 μL/ml para ovos e 269,06; 642,23; 1079,63 e 16,08 μL/ml para pupas respectivamente, foram estimados para os óleos de canela, cravo, laranja e do produto Azamax®. Apenas a toxidade dos óleos de canela e cravo com valores para CL50 de 10,82 e 18,75 μL/ml respectivamente e CL90 para os óleos de cravo (46,21 μL/ml) e canela (37,21 μL/ml) foram estimados para lagartas de D. hyalinata devido à baixa mortalidade nos outros tratamentos até o tempo avaliado. Trichospilus diatraeae parasitou e produziu progênie em pupas de D. hyalinata e apresenta potencial para seu controle por não discriminar pupas por idade e até oito parasitoides por pupa são favoráveis para o desenvolvimento desse parasitoide. O produto comercial Azamax® mostrou potencial para o controle dessa praga. O óleo de canela foi mais tóxico nas fases de lagarta e pupa e o de cravo mais tóxico para ovos de D. hyalinata. |