Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Carina Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7296
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Resumo: |
Objetivou-se neste estudo verificar relação entre a situação de (in) segurança alimentar e os indicadores sociodemográficos, antropométricos e dietéticos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). Estudo transversal realizado com 206 famílias beneficiárias do PBF residentes na zona urbana do município de Viçosa, Minas Gerais. Avaliou-se a situação de insegurança alimentar e nutricional utilizando-se os indicadores sociodemográficos, antropométricos e dietéticos, além da percepção de insegurança alimentar pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Viçosa e a participação dos voluntários ocorreu mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Termo de Assentimento. Pela EBIA detectou-se prevalência de 82,0% de insegurança alimentar nas famílias, sendo que desta, 56,8% apresentaram insegurança alimentar leve, 17,9% moderada e 7,3% grave. Não ter imóvel próprio e presença de adolescente na família associaram-se a situação de (in) segurança alimentar (p<0,05). Pontuação da EBIA correlacionou-se positivamente com idade do titular do benefício e tempo de cadastro no PBF e negativamente com número de cômodos (p<0,05). O estado nutricional não se associou à situação de (in) segurança alimentar, pela EBIA, no entanto, 78,7% e 86,8% das famílias apresentaram pelo menos um integrante com distrofia nutricional e risco cardiometabólico, respectivamente, sendo considerados em insegurança alimentar e nutricional. Observou-se correlação positiva da pontuação da EBIA com o valor do índice de massa corporal, do perímetro da cintura e da relação cintura estatura do titular do benefício (p<0,05). Não houve associação entre consumo alimentar da família e insegurança alimentar. Entretanto, o consumo alimentar da família associou-se com as variáveis sociodemográficas e antropométricas. Titulares com menor escolaridade apresentaram maior probabilidade de não consumir frutas (OR=2,22) e leite e derivados (OR=2,30). Domicílios com presença de criança tiveram menor probabilidade de não consumir leite e derivados (OR=0,39) e frutas (OR=0,54) e com presença de adolescente maior probabilidade de consumir suco industrializado adoçado (OR=2,47). Famílias com presença de baixa estatura tiveram maior probabilidade de não consumir leite e derivados (OR=2,28) e frutas (OR=2,42); com sobrepeso maior probabilidade de não consumir frutas (OR=2,10) e leite e derivados (OR=2,13); com obesidade maior probabilidade de consumir adoçante (OR= 3,22); e aquelas com risco cardiometabólico tiveram menor probabilidade de consumir óleos e gorduras (OR=0,11). A segurança alimentar e nutricional em função da sua complexidade e do extenso número de fatores associados deve ser avaliada por diferentes indicadores, visando contemplar as múltiplas dimensões dessa situação. |