(In)segurança alimentar e estado nutricional entre beneficiários do Programa Bolsa Família, no município de Viçosa, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Sperandio, Naiara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7723
Resumo: A construção de indicadores para avaliação e mensuração de situações de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) constitui-se de uma tarefa complexa, visto as múltiplas dimensões que integram este conceito. Objetivou-se avaliar os fatores associados a (in)segurança alimentar e ao estado nutricional de pré-escolares beneficiados pelo Programa Bolsa Família (PBF) do município de Viçosa, MG. Estudo do tipo transversal, onde foram avaliadas 243 crianças na faixa etária entre 2 e 6 anos de idade. Informações socioeconômicas, demográficas e de saúde, foram coletadas através da aplicação de questionários estruturados junto ao responsável pela criança. Para avaliação do estado nutricional da criança calculou-se os índices Estatura/Idade (E/I) e Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I) tomando como referência as curvas de crescimento da WHO/2006 e WHO/2007 Para verificar a associação entre as variáveis socioeconômicas e demográficas com a insegurança alimentar utilizou-se as razões de prevalência por meio da técnica de regressão de Poisson. A variável dependente E/I foi analisada como contínua. Os testes Análise de Variância (ANOVA) e t-student foram utilizados para comparar as diferenças entre as médias nas análises bivariadas. A análise de regressão linear múltipla foi realizada utilizando modelo hierarquizado de entrada de variáveis, com a finalidade de avaliar o impacto das variáveis explanatórias sobre o índice E/I. A prevalência de segurança alimentar foi de 27,2% e de insegurança 72,8%, sendo que desta: 47,3% foi insegurança leve, 10,7% moderada e 14,8% grave. Com relação ao estado nutricional da criança, encontrou-se 1,2% e 4,1% de déficit de peso e estatura, respectivamente, e 20,2% de excesso de peso. Maiores prevalências de baixo peso foram detectadas na situação de insegurança alimentar grave e de excesso de peso na insegurança alimentar leve, porém essas diferenças não foram significantes. Associou-se significativamente com a insegurança alimentar, baixa escolaridade materna e ao estado nutricional da criança, avaliado pelo índice E/I, o baixo peso ao nascer. Conhecer a situação de insegurança alimentar e o estado nutricional infantil, assim como os fatores associados aos mesmos, possibilita a implementação e o monitoramento de políticas públicas o que torna as mesmas mais eficazes e eficientes.