Do tabuleiro aos festivais: a tradição culinária das quitandas de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/28785 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.072 |
Resumo: | A pesquisa busca compreender como a culinária demarca identidades tradicionais no contexto contemporâneo, tendo como objetivo geral analisar como a culinária das quitandas de Minas Gerais é articulada por distintos atores sociais na demarcação de uma tradição. Nesse processo, foram delimitados cinco objetivos específicos que, distribuídos nos quatro artigos que compõem a tese, têm como objeto empírico as memórias e representações ancoradas nas quitandas de Minas Gerais. A abordagem metodológica é de natureza qualitativa, subdividindo- se em pesquisa bibliográfica; pesquisa documental; pesquisa de campo, com entrevistas e questionários on-line; e análise descritiva e interpretativa dos dados. A amostra analisada é composta por dez entrevistas com mulheres rurais organizadas em um projeto de cozinha comunitária; 44 formulários respondidos por extensionistas rurais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER – MG); 516 receitas de quitandas extraídas de quatro fontes documentais; quatro entrevistas com quitandeiras que participam do Festival da Quitanda de Congonhas e o documentário “Festival da Quitanda de Congonhas 2021”. Como categorias analíticas são utilizados os conceitos de alimentação, representações e memória. Os resultados mostram que as representações socias sobre as quitandas têm como principais pontos de ancoragem a ruralidade e a mineiridade, constatando- se que essas comidas se caracterizam como símbolos desse imaginário social. Conclui-se que os atores sociais abrangidos por este estudo se articulam no cotidiano familiar, profissional e da vida comunitária, em suas instâncias sociais, políticas e culturais, para a reprodução do consumo das quitandas e dos seus modos de fazer, ritualizados e geracionalmente enraizados, o que delineia a dinâmica da tradição. Por meio das práticas de produção e consumo que a permeiam, a culinária representa, portanto, uma forma de se posicionar e se diferenciar como tradicional diante de um cenário de globalização que supostamente tenderia à homogeneização dos hábitos alimentares. Palavras-chave: Alimentação. Tradição. Representações sociais. |