Caracterização de alimentos para ruminantes segundo o Cornell net carbohydrate and protein system CNCPS com adaptações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Evanete Moura de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Doutorado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1831
Resumo: Objetivou-se com o presente estudo, determinar as frações proteicas e de carboidratos, bem como medir os parâmetros cinéticos de degradação ruminal destas frações em 15 subprodutos com potencial de utilização na alimentação de ruminantes, sendo eles: farelo e torta de algodão (Gossypium spp. L.); bagaço de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum,L.), farelo e torta de dendê (Elaeis guineensis), torta de licuri (Syagrus coronata), farelo detoxificado de mamona (Ricinus comunis L.), fubá de milho (Zea mays), torta detoxificada de pinhão manso (Jatropha curcas L), farelo de soja (Glycine max), farelo de trigo (Triticum spp.), capim Tifton-85 (Cynodon sp.) nas idades de 21, 31 e 43 dias de corte e polpa cítrica. Para realização do fracionamento dos compostos nitrogenados (frações A, B1, B2 e C), foram mensurados os teores de proteína bruta (PB), nitrogênio não-protéico (NNP), nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN) e insolúvel em detergente ácido (NIDA), bem como os compostos nitrogenados insolúveis em tampão, de acordo com o Cornell Net Carboydrate and Protein System (CNCPS). Para determinação das frações A e B1 dos carboidratos foram analisados os teores de açúcares e amido, enquanto para obtenção das frações B2, C e taxa de degradação da fração B2 foi utilizada a técnica gravimétrica de degradação in vitro da fibra por meio de interpretação cinética dos perfis de degradação. Os perfis de degradação das frações proteicas foram obtidos in vitro ao incubar os alimentos com proteases oriundas do Streptomyces griseus. As taxas de degradação das frações A e B1 dos carboidratos foram obtidas por meio da combinação entre as técnicas in vitro gravimétricas e de produção de gases. Os perfis de degradação foram interpretados cineticamente por meio de modelos matemáticos. As adversidades nutricionais entre os componentes principais dos alimentos foram classificadas por meio de análise de agrupamento por otimização utilizando a distância Euclideana média com variáveis padronizadas pelo método de Tocher. As frações proteicas dos alimentos apresentaram grandes variações. A fração A foi a de menor representação dentre os alimentos, com exceção da polpa cítrica e do bagaço de cana, que apresentaram fração A com maior representatividade. A fração B1 teve maior representação para o capim-tifton 85 nas idades de 21 e 31 dias, farelo de algodão, farelo de soja, torta detoxificada de pinhão manso, farelo de trigo, torta de algodão e farelo detoxificado de mamona, com (g.kg-1) 80,39; 57,84; 452,54; 444,29; 113,42; 109,27; 234,98; e 230,53 respectivamente, com as seguintes taxas de degradação médias: (h-1) 0,6127; 1,7046; 0,2330; 0,1689; 0,8191; 0,1206; 1,3414 e 1,4330, respectivamente. Dentre os carboidratos a fração A apresentou grande variação entre os alimentos. Os carboidratos não fibrosos (A +B1 ) apresentaram maiores representações para o farelo de algodão, farelo de soja, polpa cítrica e fubá de milho com 58,21%, 69,17%, 66,52%, e 89,81%, respectivamente, com taxas de degradação variadas. A maior representação dentre os demais alimentos estudados foi para a fração B2 , que aliada à fração C , contribuem com a redução da disponibilidade de energia para os microrganismos que fermentam CF e CNF.