Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Delazeri, Linda Márcia Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27526
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Resumo: |
As mudanças climáticas observadas nos últimos anos e a expectativa quanto à sua intensificação ao longo das próximas décadas podem afetar a produção e renda agrícolas e, como consequência, podem alterar o incentivo e a capacidade da população em permanecer nas áreas rurais ou em migrar para as áreas urbanas. Este estudo investiga os impactos das mudanças climáticas sobre a migração rural-urbana no Nordeste brasileiro ao longo das últimas duas décadas do século XX e avalia os impactos das mudanças climáticas esperadas para o futuro sob diferentes cenários sobre a distribuição futura da emigração e população rural na região. Para a análise foi utilizado um conjunto de dados em painel do tipo gravitacional, em que os fluxos migratórios foram explicados pelas mudanças do clima em cada microrregião de origem. Os resultados obtidos por meio da estimação do modelo Poisson Pseudo Maximum Likelihood (PPML) indicam que os impactos das mudanças climáticas sobre os movimentos migratórios do tipo rural-urbano dependem dos níveis de renda agrícola per capita das microrregiões e dos níveis educacionais da população rural da região. As variáveis climáticas, com destaque para o aumento da temperatura máxima média, contribuíram para o aumento da migração rural-urbana nas microrregiões com menor vulnerabilidade econômica. Nas microrregiões com maiores restrições de renda, entretanto, a intensificação das adversidades climáticas contribuiu significativamente para a redução desse tipo de fluxo migratório. Os resultados obtidos quanto aos impactos das mudanças climáticas sobre a migração rural-urbana foram utilizados como referência para o desenvolvimento de projeções populacionais para as áreas rurais da região Nordeste sob diferentes cenários socioeconômicos e climáticos. De maneira específica, tendências futuras sobre as componentes demográficas fecundidade, mortalidade e progressão educacional foram combinadas com as tendências migratórias futuras determinadas por cenários climáticos alternativos. Os resultados das projeções populacionais indicam que as diferenças quanto ao tamanho e à composição da emigração e da população rural da região sob diferentes cenários emergem principalmente das suposições quanto ao progresso dos sistemas educacionais e das suposições quanto às condições climáticas futuras. Os resultados obtidos neste estudo enfatizam a complexidade da relação entre mudanças climáticas e emigração rural e levantam questionamentos a respeito de quaisquer narrativas simplistas sobre essa relação. Políticas que abrangem questões relacionadas à emigração rural induzida pelo clima adverso devem direcionar o foco para as áreas rurais de regiões de baixa renda, especialmente para as populações rurais de baixa escolaridade ou cuja subsistência dependa da atividade agrícola. Além disso, as políticas devem ser orientadas e preparadas para a ocorrência Agricultura - Brasil, Nordeste a de cenários alternativos de mudanças climáticas e para o consequente efeito dessas mudanças sobre o crescimento populacional e sobre o deslocamento da população das áreas rurais para as áreas urbanas. Palavras-chave: Migração Rural-Urbana. Mudanças Climáticas. Agricultura. Nordeste. |