Anatomia e micromorfologia de Salvinia auriculata Aubl. (Salviniaceae) submetida ao arsênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Maria Angélica Guerra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2345
Resumo: A contaminação ambiental constitui um sério problema no mundo inteiro. O arsênio (As) é um metalóide que tem recebido grande atenção de pesquisadores devido a sua elevada toxicidade para os seres vivos. Nesse contexto, o uso de plantas tem se revelado uma metodologia adequada e de baixo custo para a detecção dos poluentes. Entretanto, o uso de espécies vegetais como bioindicadoras requer o conhecimento prévio das suas características. Este trabalho tem a finalidade de avaliar as respostas de Salvinia auriculata Aubl. na presença de arsênio, na forma de arsenato de sódio, determinando o teor deste elemento acumulado pela espécie, bem como os possíveis efeitos sobre o desenvolvimento, o acúmulo de biomassa, as alterações morfológicas e a estrutura anatômica das suas folhas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com controle e quatro concentrações de As, sendo 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mg L 1 com cinco repetições, cultivadas em solução nutritiva de Clark, durante 15 dias, em casa de vegetação. Para determinação dos teores de As, amostras foram analisadas por espectrofotometria de absorção atômica com geração de hidreto. Amostras das folhas emersas e submersas do primeiro e do quarto nós foram coletadas e processadas para análise microscópica. A parte aérea foi visivelmente afetada, com áreas necróticas na superfície foliar, com formato arredondado e com tonalidade marrom escura, cuja intensidade foi diretamente proporcional à concentração de As. As folhas modificadas apresentaram aspecto gelatinoso e escurecimento. A absorção de arsênio pelas plantas aumentou proporcionalmente com a concentração do metaloide na solução. Pelas análises microscópicas pôde-se constatar danos mais drásticos no primeiro nó, se comparado ao quarto nó. No primeiro nó, as células tiveram acúmulo de conteúdos intensamente corados pelo azul de toluidina, deformação na arquitetura das células epidérmicas, danos parciais nos tricomas e distorção da parede do contorno dos elementos do xilema. No quarto nó ocorreu acúmulo de conteúdos, alterações nos cloroplastos, compactação das lacunas, alterações no padrão de desenvolvimento dos tricomas com pouco desenvolvimento e redução na espessura do mesofilo. As alterações anatômicas nas folhas emersas e nas folhas modificadas de S. auriculata foram evidentes, podendo ser utilizados no diagnóstico das injúrias e para o entendimento dos mecanismos de fitotoxicidade do As.