Preditores individuais e indicadores de saúde em adolescentes de Viçosa - MG: um estudo observacional e uma proposta de programa virtual de exercícios físicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Regazi, Matheus Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31371
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.395
Resumo: O objetivo geral dessa dissertação foi associar preditores individuais — sexo, atividade física (AF), tempo de tela (TT), qualidade de sono (QS) e sintomas de estresse (SE), com indicadores de saúde — composição corporal (CC), pressão arterial (PA) e aptidão cardiorrespiratória (ApCr), assim como verificar os efeitos de um programa virtual de exercícios físicos (EF's) sobre esses indicadores de saúde e hábitos alimentares (HA). Trata-se de uma investigação que contempla um estudo observacional e outro experimental, realizada com adolescentes de ambos os sexos, entre 15 e 19 anos, regularmente matriculados no Ensino Médio de duas escolas públicas de Viçosa-MG. A amostra do estudo observacional foi composta por 308 adolescentes, enquanto o delineamento experimental foi composto por 20 adolescentes, divididos igualmente em dois grupos — controle (GC) e exercício físico (GEF). Foi realizada a aplicação de questionários para obtenção das informações sociodemográficas, de atividade física moderada- vigorosa (AFMV), TT, HA, QS e SE. Por meio de procedimentos antropométricos, avaliou-se a CC, ao considerar o índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-estatura (RCE). A PA foi aferida por um aparelho digital automático e a ApCr foi estimada pela aplicação de um teste de banco. No estudo experimental, as sessões de EF’s prescritas ocorreram 3 vezes por semana, ao longo de oito semanas, em intensidade moderada. Antes e após o experimento, foram coletadas informações sobre IMC, RCE, ApCr, PA e HA para comparação intragrupos. Os resultados da primeira fase, indicaram que os indivíduos do grupo “TT <P50” obtiveram 2,08 vezes mais chances de apresentarem “IMC proteção à saúde (<P50)” e 2,32 vezes mais chances de apresentarem “RCE proteção à saúde (<P50)”, quando comparados com aqueles do grupo “TT >P50”. Quanto a PA, as meninas apresentaram 5,55 vezes mais chances de terem valores “normais de PA” quando comparadas aos meninos. Já para ApCr, os meninos expressaram 5,92 vezes mais chances de apresentarem “ApCr >P50” quando comparadas às meninas, enquanto que indivíduos do grupo “AFMV >P50” obtiveram 1,69 vezes mais chances de apresentarem “ApCr >P50” quando comparados aos adolescentes do grupo “AFMV <P50”. Quanto aos achados da segunda fase, verificou-se que o programa virtual de EF’s contribuiu para melhorias na ApCr e na redução da frequência de consumo semanal de uma alimentação de risco à saúde, enquanto que, aqueles que mantiveram sua rotina habitual, apresentaram aumento nos valores de RCE. Conclui-se então, que os resultados encontrados apontam a necessidade de incentivar comportamentos ativos e reduzir comportamentos sedentários (sobretudo no que diz respeito ao tempo de tela diário), a fim de obter melhorias em termos de CC, ApCr e HA, sendo aqui, proposto uma estratégia prática para melhoria de aspectos relacionados à saúde dos adolescentes, com possibilidade de fomentar e oferecer suporte a outras investigações que explorem os efeitos de programas virtuais de EF’s. Palavras-chave: Adolescentes. Exercício físico virtual. Atividade física. Tempo de tela. Hábitos alimentares. Qualidade de sono. Estresse. Composição corporal. Pressão arterial. Aptidão cardiorrespiratória.