Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Aline Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27392
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Resumo: |
O fogo florestal estabelece uma função ecológica na produtividade de diversos ecossistemas. No entanto, os regimes de fogo estão sendo profundamente alterados para uma dinâmica de fogos recorrentes, cuja força destrutiva atraiu pesquisadores em todo mundo na busca de respostas para seus efeitos adversos. Embora o poder destrutivo do fogo seja reconhecido, seus impactos econômicos foram pouco estimados, assim como os investimentos realizados em práticas de manejo de incêndios florestais, particularmente em florestas tropicais. Através desse trabalho de pesquisa é possível identificar que a informação econômica sobre os custos (investimentos feitos em práticas de manejo do fogo) e os benefícios (perdas econômicas evitadas pela mitigação) da gama de políticas e programas de gestão de incêndios em todo mundo é insuficiente para tomadas de decisões na gestão de incêndios. Consequentemente, os recursos financeiros não são estrategicamente direcionados para tornar o manejo de fogo mais eficiente na redução de incêndios. Este trabalho, pretende contribuir para essa lacuna de conhecimento através da realização de uma estimativa das perdas econômicas na produção sustentável de madeira na Amazônia Brasileira e uma avaliação de custo- benefício das práticas de manejo de incêndios florestais nesse bioma e no bioma Cerrado. Os resultados foram gerados através de modelos espacialmente explícitos e demonstram que as perdas econômicas pelo fogo na produção sustentável de madeira podem chegar a US$ 183 ± 30 ha/ano em áreas atingidas por incêndios recorrentes próximos a centros de moagem na Amazônia. Além disso, essas perdas podem chegar a US$ 565 ha/ano em regiões de alto lucro agrícola em ambos os biomas. Apesar das altas perdas, osinvestimentos realizados na mitigação do fogo ainda são baixos, em média US$ 3.7 ha/ano em terras públicas e US $ 11,2 ha/ano em terras privadas. Em contrapartida, mesmo que a mitigação seja pouco adotada, os benefícios das práticas de manejo, quando são efetivas na redução do fogo evitam perdas econômicas, que são substancialmente maiores que os custos da mitigação. Em alguns locais de floresta com alto estoque de carbono e em áreas lucrativas de produção agrícola, os benefícios da mitigação podem ser25 vezes maiores que seus custos. Através desse trabalho é possível identificar que os programas de mitigação de incêndios no Brasil não atendem os pontos críticos de perdas econômicas na produção de madeira na Amazônia e devem ser melhor direcionados. Além disso, os benefícios públicos das práticas de manejo somente ocorrem no Cerrado, quando o combustível (o volume de biomassa disponível para queimar) é gerenciado adequadamente, e na Amazônia somente quando há uma ação conjunta entre práticas de supressão, políticas e programas de incentivo para prevenção de fogo. Da mesma forma, a prevenção do fogo gera benefícios privados significativos para produtores agrícolas envolvidos ativamente em programas de mitigação de incêndios. |