Diversidade genética e estudo de geração em características morfoagronômicas de pimenteiras ornamentais (Capsicum annuum)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me Mestrado em Genética e Melhoramento UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4799 |
Resumo: | As pimentas do gênero Capsicum são cultivadas em uma imensa variedade de tipos, tamanhos, cores, sabores e pungências para diversos fins. Mais recentemente, a grande diversidade existente no gênero Capsicum tem fomentado o comércio de pimenteiras como plantas ornamentais, porém há poucas variedades comerciais para ornamentação. O conhecimento do tipo de herança envolvida no controle das características que irão passar por contínuas seleções e a diversidade gerada a partir dos cruzamentos são de suma importância para o sucesso de um programa de melhoramento de pimenteiras ornamentais. Os objetivos do trabalho foram analisar a diversidade genética de uma família estruturada em seis gerações, utilizando dados quantitativos e qualitativos separadamente e integrados em uma mesma análise e realizar estudo de gerações em caracteres quantitativos de pimenteiras ornamentais, identificando os tipos de interação alélica envolvida no controle genético das características, estimar as variâncias aditivas, dominância, fenotípica, genética e ambiental, as herdabilidades no sentido amplo e restrito e os efeitos genéticos aditivo, dominantes e epistáticos (aditivo x aditivo, aditivo x dominante e dominante x dominante), bem como dar continuidade ao programa de melhoramento de Capsicum da Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal de Viçosa. Para tanto, foram utilizados primeiramente dois acessos de pimenteiras ornamentais pertencentes ao banco de germoplasma de Hortaliças da UFPB (01 e 132) com base em trabalhos anteriores de dialelo. Foram realizados cruzamentos entre os parentais (01 e 132) para gerar os híbridos (F1) e entre os F1‟s e seus parentais para gerar os retrocruzamentos (RC1 e RC2). Para obtenção das sementes da geração segregante F2 foi realizada autofecundação da geração F1. Foram utilizadas 10 plantas de cada genitor e F1, 72 plantas de Retrocruzamento 1 (RC1), 75 plantas de Retrocruzamento 2 (RC2) e 147 plantas da geração segregante F2. Para a análise de diversidade genética foram utilizadas todas as gerações, inicialmente foi gerada uma matriz apenas dos 22 caracteres quantitativos conforme o método de agrupamento de Tocher, em seguida uma outra matriz apenas com os 19 caracteres multicategóricos com base no complemento aritmético do índice de coincidência simples e para integração dos dados foi realizado a soma das duas matrizes. Todas as gerações foram utilizadas para os estudos variâncias, médias e interações alélicas para os 22 caracteres quantitativos avaliados. O cruzamento entre os genitores 01 e 132 gerou variabilidade nas gerações segregantes (F2) e nos retrocruzamentos (RC1 e RC2) quando foram realizadas análises individuais dos caracteres quantitativos, multicategóricos e quando foi feito a integração dos dados de diferente natureza. As características que mais contribuíram para divergência genética foram número de sementes por fruto, número de frutos por planta, dias para floração e dias para frutificação, descartando as demais variáveis. São passíveis de seleção os indivíduos 5 da geração F1, 1, 35, 37, 39, 43, 44, 47 e 49 da geração segregante F2 com intuito de obter maiores número de sementes por fruto. Os indivíduos 2, 7, 8, 16, 17, 20, 23, 27 e 44, da geração segregante F2 são adequados para obter maior número de frutos por planta. E os indivíduos 28 da geração F2, plantas 18, 20, 21 e 22 do Retrocruzamento 1 e as plantas 1, 5, 14 e 16 do Retrocruzamento 2 (F1 x 132) são úteis para obter plantas mais precoces em relação ao florescimento e frutificação. A parte da variância aditiva observada na variação fenotípica encontrada para as características altura da planta, diâmetro da pétala, comprimento da antera, número de frutos por planta, dias para floração e dias para frutificação levam a concluir que a seleção de indivíduos nas gerações F2 por meio da seleção fenotípica deve ser eficiente, possibilitando a obtenção de ganhos genéticos. A adequação do modelo reduzido para explicar as características diâmetro da copa, diâmetro do fruto e número de sementes por fruto, permite concluir que os efeitos epistáticos não influenciaram no controle destes caracteres, apenas os aditivos e dominantes, podendo-se selecionar indivíduos superiores em gerações segregantes ou praticar a hibridação, respectivamente. |