Efeito do armazenamento de feijões carioca ( Phaseolusvulgaris L.) sobre a composição nutricional e fitoquímica e propriedades anti-inflamatória e anti-aterosclerótica de seus hidrolisados protéicos em células de macrofágos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Alves, Natália Elizabeth Galdino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21159
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do armazenamento comercial sobre a composição nutricional e fitoquímica de feijões comuns da variedade carioca (Phaseolus vulgaris L.) (Artigo 1) e determinar o efeito do armazenamento sobre o potencial anti- inflamatório (Artigo 2) e anti-aterosclerótico (Artigo 3) de seus hidrolisados proteicos em macrófagos humanos THP-1. Foram utilizados dois genótipos de feijão comum da variedade carioca, contrastantes para endurecimento e escurecimento ao longo do armazenamento. Os feijões BRSMG Madrepérola (MP) (mais estável ao armazenamento) e BRS Pontal (PO) foram estocados em temperatura ambiente, (22 ± 3 0 C; < 65% de umidade relativa), acondicionados em embalagens lacradas de polipropileno, por até 180 dias, e coccionados nos tempos zero, e após três e seis meses de estocagem, quando foram realizadas as analises (Artigo 1 e 2: 0, 3 e 6 meses; Artigo 3: 0 e 6 meses). Os grãos foram analisados quanto à composição centesimal, fibra alimentar total e frações, conteúdo de minerais, fitato, compostos fenólicos (Artigo 1) e hidrolisados proteicos (Artigos 2 e 3). O potencial anti- inflamatório e anti-aterosclerótico dos hidrolisados proteicos foi avaliado in vitro, utilizando células de macrófagos THP-1, com inflamação induzida por lipopolissacarídeo (LPS) (Artigo 2) ou lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDL-ox) (Artigo 3). |O armazenamento comercial por até 180 dias, em temperatura ambiente, não afetou a qualidade nutricional e fitoquimica dos grãos, visto que somente foi observada redução do conteúdo de lipídio total (p = 0.007). Os hidrolisados dos feijões carioca reduziram os níveis de marcadores inflamatórios mesmo quando utilizados em baixas concentrações, de forma independente do tempo de armazenamento, embora tenham sido observadas diferenças entre os cultivares (0.1 mg/mL: redução de TNF-alfa pelos hidrolisados PO 0, 3 e 6, e por MP 6; redução de IL-1 por MP 0 e PGE-2 por MP 0 e 6). Com relação ao potencial anti-aterosclerótico, observou- se que os hidrolisados dos feijões armazenados reduziram a expressão do receptor de LDL- ox (LOX-1), de metaloproteína-9 (MMP-9), de molécula de adesão intracelular-1 (ICAM-1), e a expressão de 10 citocinas relacionadas ao processo aterosclerótico. Conclui-se, portanto, que as condições de armazenamento utilizadas no presente estudo foram adequadas para preservação da qualidade nutricional e fitoquímica dos feijões. Além disso, a inibição de marcadores inflamatórios e ateroscleróticos indica que o armazenamento dos feijões por seis meses, independentemente de suas características de resistência ao armazenamento, não alterou as propriedades fisicoquímicas e biológicas de seus hidrolisados proteicos.