Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Roberto Giolo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11143
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Resumo: |
O trabalho foi conduzido na Embrapa Gado de Corte, localizada em Campo Grande, MS, com o objetivo de se avaliar o efeito de três taxas de lotação (0,8; 1,2; e 1,6 UA/ha), em pastagens de Brachiaria decumbens x Stylosanthes guianensis cv. Mineirão e de B. brizantha cv. Marandu x S. guianensis cv. Mineirão, sobre as características estruturais e quantitativas, o valor nutritivo e a composição botânica da forragem; o consumo, a composição botânica e o valor nutritivo da dieta dos animais em pastejo; e a produção por animal e por área, visando sugerir o manejo mais adequado. Adotou-se o delineamento experimental em blocos casualizados com os tratamentos no esquema de parcelas subdivididas, com duas repetições. Os tratamentos das parcelas constituíram um fatorial 2x3, sendo duas gramíneas (B. decumbens e B. brizantha cv. Marandu) em consorciação com S. guianensis cv. Mineirão e três taxas de lotação (0,8; 1,2; e 1,6 UA/ha), e das subparcelas, os meses de amostragem. As amostragens foram realizadas em julho e outubro de 1998, correspondendo à época seca, e em janeiro e abril de 1999, correspondendo à época das águas, durante o terceiro ciclo de pastejo. Foram utilizados bezerros Nelore, desmamados, com peso vivo médio de 138,06 kg, no início do experimento. A disponibilidade de matéria seca (MS) das pastagens consorciadas com B. brizantha não variou entre épocas, com valor médio de 3470 kg/ha de MS, enquanto, para as pastagens com B. decumbens, a média para o período das águas (3485 kg/ha de MS) foi superior à do período seco (3056 kg/ha de MS). Entretanto, a disponibilidade da fração verde da gramínea, que se correlacionou com o consumo, foi influenciada negativamente pela taxa de lotação. Durante a época das águas, verificou-se maior proporção de gramínea, em detrimento da leguminosa, para uma taxa de lotação estimada de 1,17 UA/ha. As pastagens com B. decumbens apresentaram, de modo geral, melhor valor nutritivo do que as pastagens com B. brizantha, associado com maior presença de leguminosa. O consumo diário de MS foi maior em pastagens com B. brizantha, em outubro (seca) e em abril (águas), entretanto não foi suficiente para superar os ganhos por animal observados nas pastagens com B. decumbens. As dietas foram constituídas por mais de 80% de folhas de gramíneas, enquanto a participação da leguminosa foi de apenas 2,1%, com um índice de seleção de 0,08, indicando rejeição deste componente da pastagem, por parte dos animais em pastejo. O ganho de peso vivo médio diário (GPD) dos animais foi influenciado pela gramínea, pela época do ano e pela taxa de lotação. As pastagens com B. decumbens proporcionaram maior GPD do que as pastagens com B. brizantha (409 x 333 g/novilho.dia). Na época das águas, foi observado maior GPD do que na seca, 490 e 194 g/novilho.dia, respectivamente. Houve decréscimo linear do GPD com o aumento da taxa de lotação, estimando- se valores de 435, 371 e 308 g/novilho.dia para as taxas de 0,8; 1,2; e 1,6 UA/ha, respectivamente. Houve influência da gramínea e da época do ano sobre o ganho de peso por área. As pastagens com B. decumbens proporcionaram maior produção por área do que aquelas com B. brizantha, com ganhos de peso vivo de 464 e 352 kg/ha.ano, respectivamente. Durante a época das águas, a produção por área foi maior do que na seca, com valores médios de 331 e 77 kg/ha.ano, respectivamente. Não houve influência da taxa de lotação sobre a produção por área, com valores observados de 349, 464 e 411 kg/ha, para as taxas de 0,8; 1,2; e 1,6 UA/ha. Os resultados obtidos permitem concluir que, durante o terceiro ciclo de pastejo: (1) as consorciações de B. brizantha com S. guianensis cv. Mineirão apresentaram menor porcentagem de leguminosa; (2) as pastagens consorciadas com B. decumbens proporcionaram maior produção animal do que as pastagens com B. brizantha, devido ao melhor valor nutritivo da forragem disponível, associado à maior presença de leguminosa na pastagem; (3) a leguminosa foi pouco consumida pelos animais, sendo as dietas constituídas por mais de 80% de folhas de gramínea; e (4) a taxa de lotação influenciou negativamente a disponibilidade da fração verde da gramínea e, conseqüentemente, os ganhos por animal, com tendência de efeito quadrático sobre a produção animal por área, indicando que a taxa de lotação mais adequada estaria entre 1,25 e 1,30 UA/ha. |