Efeitos toxicológicos do Dimilin® em machos adultos de Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882) (Teleostei: Characidae)
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5126 |
Resumo: | O manejo incorreto de agrotóxicos e a contaminação do ambiente aquático causam lesões em peixes. Parâmetros bioquímicos, fisiológicos e morfológicos como biomarcadores apresentam bons resultados na avaliação das lesões de contaminação ambiental sobre esses animais. O Dimilin®, proposta deste estudo, é utilizado no controle de ectoparasitos de peixes e, devido à carência de dados dos suas lesões em peixes neotropicais, objetiva-se determinar a CL50 do Dimilin® para machos adultos sexualmente maduros de mato grosso (Hyphessobrycon eques), bem como seu efeito na morfologia testicular em ensaios de toxicidade nos tempos de 96h e 17 dias em sistema estático. O cálculo da CL50 foi realizado no programa TOXCALC (USEPA, versão 1.5), com o cálculo de determinação binomial reduzindo o intervalo de confiança por média móvel (P<0,05). Os testes de toxicidade seguiram as normas técnicas de testes em sistema estático da ABNT. Para os testes de toxicidade, foram utilizados um grupo controle e três grupos com concentrações de 0,01; 0,1 e 1 mg.L-1 de Dimilin®. Para o teste de 96h foi utilizada uma única aplicação no início do experimento; para o teste de 17 dias foram utilizadas duas aplicações (no início e com 72h após a primeira aplicação). Amostras de água dos aquários foram coletadas para análises fisicoquímicas. Após os períodos experimentais, testículos de 10 animais de cada grupo foram coletados e processados para estudo histológico de rotina. Foram observados 10 campos por animal considerando-se aspectos morfométricos e histopatológicos. A CL50 calculada nesse teste foi de 22,4 mg.L-1, e o intervalo de confiança obtido pela média móvel foi de 13,9 a 34,8 mg.L-1 (P<0,05) a uma temperatura média de 22,4ºC. A análise da água mostrou que os parâmetros encontravam-se dentro de valores desejáveis para a criação de peixes. Dentre todos os parâmetros testiculares avaliados, houve redução apenas no número de espermatogônias B nos dois experimentos, não havendo diferenças entre os experimentos. No experimento de 17 dias foram observadas diferenças para tecido alterado e tecido sadio dos grupos controle quando comparados com as demais concentrações (p<0,05), não havendo diferenças para o experimento de 96h, nem entre 17 dias e 96h. Foram observadas picnose nuclear, desorganização tecidual caracterizada pela presença de espermátides no parênquima testicular e presença de espermatócitos na luz do túbulo, presença de hemácias fora dos capilares sanguíneos, presença de vacúolos no citoplasma de espermatogônias e de espermatócitos e fibrose. Assim, H. eques pode ser utilizado como bioindicador e seus testículos como biomarcadores de poluição aquática pelo Dimilin®. |