Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Wiane Meloni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11556
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Resumo: |
O conhecimento dos processos ecológicos na dinâmica de populações das plantas através do monitoramento e avaliação de áreas restauradas é importante para a definição de estratégias tais como: conservação, manejo e restauração. O objetivo foi avaliar as alterações florísticas e estruturais no componente arbóreo e no estrato de regeneração de uma floresta restaurada por meio de plantio, após 45 anos de sua implantação, em comparação com estudo realizado em 2011. Para a avaliação do estrato arbóreo, foram remedidas 16 parcelas contíguas de 25 x 25 m, registrando os indivíduos com CAP ≥ 15 cm. Em cada parcela, alocaram-se duas subparcelas de 2,0 x 2,0 m para a avaliação do estrato de regeneração, registrando os indivíduos com altura ≥ 0,5 m e DAP < 5,0 cm. Mediu se a classe sucessional e síndrome de dispersão, abertura do dossel, índices de regeneração por espécie para cada classe de tamanho de planta (RNC), obtendo o índice de regeneração natural total (RNT), entre os componentes da floresta e os levantamentos florísticos já realizados nesta região de Minas Gerais. No estrato arbóreo registrou-se 1.323 indivíduos, 109 espécies e 35 famílias, sendo 90 espécies nativas e 15 exóticas, com maior valor de importância (VI) para espécie Guarea guidonia e família Fabaceae, maior diversidade (H’= 3,46) e menor dominância ecológica (J’= 0,74), maior porcentagem da classe sucessional secundária inicial, em nível de espécie (33,02%), e de secundária tardia, em nível de indivíduos (38,32%), e predomínio de síndrome de dispersão zoocórica. A área basal foi de 44,139 m2/ha, e a altura média de 13 m, variando de 2,0 m a 32 m. Em relação à dinâmica, a taxa de mortalidade superou a de ingresso, houve um pequeno decréscimo na área basal de 2011 para 2016, e acréscimo no volume total. As espécies secundárias iniciais e tardias prevaleceram e as pioneiras apresentaram tendência de decréscimo populacional, mostrando que estão saindo do sistema, e a floresta avançando na sucessão. Guarea guidonia apresentou maior VI, assim como a família Fabaceae. Os índices de diversidade de Shannon e equabilidade não alteraram. A distribuição diamétrica seguiu o padrão “J invertido” esperado para florestas inequiâneas. No estrato de regeneração registrou-se 526 indivíduos, 91 espécies e 34 famílias, sendo 77 espécies nativas e oito exóticas, com maior VI para Anadenanthera peregrina e família Fabaceae, maior diversidade (H’= 3,68) e uniformidade (J’= 0,82), maior porcentagem da classe sucessional secundária inicial, em nível de espécie (38,46%), e em nível de indivíduos (50,0%) e predomínio de síndrome de dispersão zoocórica. Anadenanthera peregrina se destacou com a maior taxa de regeneração natural nas classes RNC1 e RNC2 e na classe RNC3, o destaque foi para Guarea guidonia com 12,91%. Na análise da regeneração natural total Anadenanthera peregrina foi a espécie que mais se destacou, com 10,84% do total de indivíduos. Os índices de Shannon e equabilidade foram similares nas três classes, com destaque na RNC3 com (H’= 3,4) e (J’= 0,89). A abertura do dossel obteve média de 23,93% e o índice de área foliar de 2,73 m2 de componentes do dossel / m2 de área do solo. Os resultados encontrados mostraram que a área em estudo é similar a uma floresta em estágio avançado de sucessão, apresentando abundância de espécies secundárias iniciais e tardias. Verificou-se, também, que em função do avanço sucessional da floresta, ocorreram alterações na composição florística da área ao longo do período monitorado. A espécie exótica invasora Archontophoenix cunninghamiana presente na área, torna-se um problema, necessitando o manejo desta espécie para conservação da floresta. A avaliação e o monitoramento de florestas restauradas corrigem problemas, definindo o manejo que garantem o sucesso da restauração de florestas. |