Bioprospecção de compostos com atividade antimicrobiana de extratos de Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Salustiano, Iorrana Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28584
Resumo: A resistência microbiana é um problema crescente de saúde pública e se torna urgente o desenvolvimento de novos fármacos que atuem como antimicrobianos. O bioma Mata Atlântica possui uma vasta biodiversidade e grande potencial para desenvolvimento de produtos para fins medicinais. No presente trabalho estudamos o potencial antimicrobiano da espécie Maclura tinctoria e alguns de seus compostos isolados. Foram produzidos a partir das folhas de M. tinctoria, por percolação seriada, quatro extratos empregando os solventes: hexano, diclorometano, acetato de etila e etanol (HxMt, DcMt, EaMt e EtMt, respectivamente). Tais extratos foram testados contra bactérias Gram negativas (Escherichia coli ATCC e Pseudomonas aeruginosa ATCC) e Gram positivas (Staphylococcus aureus ATCC 29213, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus intermedius) e para quatro diferentes leveduras (Candida albicans, Candida tropicalis, Candida parapsilosis e Candida buinensis). O extrato com maior potencial antimicrobiano foi submetido a fracionamento e purificação cromatográfica. Foram empregadas técnicas espectroscópicas para a identificação estrutural dos compostos purificados, sendo os mesmos avaliados quanto a atividade antimicrobiana. DcMt e EaMt apresentaram forte atividade antibacteriana para as bactérias gram positivas. Não houve atividade antibacteriana para as bactérias Gram negativas. Frente às leveduras, DcMt também foi ativo para C. tropicalis, C. parapisilosis e C. buinensis, com CIM de 125 µg/mL para as duas primeiras leveduras e de 62,5 µg/mL para C. buinensis. HxMt e EtMt não apresentaram atividade antimicrobiana relevante. Os extratos não apresentaram citotoxicidade (IC 50 maior que 30 µg/mL) quando avaliados frente a células Vero. DcMt após ser submetido às etapas de fracionamento e purificação, empregando técnicas cromatográficas, cinco compostos flavonoídicos foram obtidos. Esses compostos foram identificados como flavonoides prenilados, sendo quatro derivados de isoflavona e um de flavonol. Esses compostos foram testados contra S. aureus, observando-se que CMt_3 e CMt_4 causaram uma redução de 6,6 e 1,6 vezes respectivamente na CIM. Portanto, o trabalho confirmou o forte potencial antimicrobiano in vitro da espécie M. tinctoria, bem como de seus compostos isolados. Elucidar o mecanismo de ação, verificar a citotoxicidade e efeito antifúngico dos compostos isolados precisam ainda serem investigados.