Caracterização de parâmetros bioquímicos e histológicos do rúmen de bezerros holandeses mestiços pré e pós desmame
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Associações micorrízicas; Bactérias láticas e probióticos; Biologia molecular de fungos de interesse Mestrado em Microbiologia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5374 |
Resumo: | Ao nascer os animais ruminantes possuem o rúmen não-funcional. O desenvolvimento do rúmen envolve a colonização por micro-organismos, estabelecimento da fermentação ruminal, aumento do volume, fortalecimento da musculatura e crescimento das papilas (aumento da área absortiva). Estudos sugerem que a introdução de alimentos sólidos na dieta auxilia no desenvolvimento anatômico e fisiológico do rúmen. Neste trabalho bezerros holandeses mestiços alimentados com diferentes níveis de leite (2, 4, 6 e 8 litros/dia) e concentrado ad libitum durante a fase de aleitamento foram utilizados para avaliar o ganho de peso, consumo de matéria seca, concentração de amônia e ácidos orgânicos no rúmen, bem como a espessura dos tecidos epitelial, conjuntivo e muscular e a densidade e altura das papilas ruminais dos animais ao desmame e 30 dias após desmame. O aumento do ganho médio diário de peso (GMD) esteve associado ao aumento do consumo diário de massa seca total (CMSt). O consumo diário de massa seca do concentrado (CMSc) e o volume de leite diário dos animais abatidos ao desmame apresentaram alta correlação quadrática (r = 0,83), sendo que o ponto máximo de CMSc (0,27 Kg/d) foi observado nos animais que consumiram quatro litros de leite por dia. O CMSt após o desmame não variou (P > 0,05) para os animais que consumiram 4, 6 e 8 litros de leite/dia durante a fase de aleitamento. A concentração de ácidos orgânicos voláteis (AOVs) no rúmen aumentou (P < 0,05) com a idade dos animais, no entanto a proporção de acetato, propionato e butirato (4,5 : 3 : 1) não variou (P > 0,05) ao desmame e 30 dias após o desmame. Animais com maiores GMD abatidos ao desmame apresentaram menores proporções de propionato no rúmen. A média das concentrações de amônia no rúmen dos animais abatidos ao desmame foi 2,5 vezes maior (P < 0,05) que o observado nos animais abatidos com três dias de idade e 30 dias após a introdução de feno na dieta. A concentração de amônia no rúmen foi maior com o aumento do CMSt e representou aumento do GMD dos animais. As espessuras dos tecidos epitelial e conjuntivo não variaram (P > 0,1) com a idade, enquanto a altura das papilas aumentou (P < 0,1) e a densidade das papilas reduziu (P < 0,1). O GMD dos animais abatidos ao desmame aumentou com a redução da densidade de papilas (ampliação da superfície de absorção do epitélio ruminal). O aumento CMSc dos animais abatidos ao desmame não influenciou a espessura do tecido muscular, porém esteve relacionado com o aumento da altura das papilas. A concentração de propionato e a altura das papilas da porção ventral do rúmen dos animais abatidos ao desmame apresentaram alta correlação quadrática (r = 0,82), sendo que as maiores alturas foram observadas quando a concentração de propionato foi cerca de 30 mmol/L. Esses resultados demonstraram que a oferta de diferentes quantidades de leite durante a fase de aleitamento influencia o consumo de concentrado, o que refletiu no desenvolvimento das papilas do rúmen. Além disso, o aumento da capacidade de consumo de concentrado com a idade do animal representa um aumento da disponibilidade de substratos para a fermentação pela microbiota ruminal. |