Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Santos, Eduardo Destéfani Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11022
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Resumo: |
Este trabalho foi realizado na Fazenda Experimental de Felixlândia - MG, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), no período de julho a outubro de 1997, com o objetivo de avaliar a disponibilidade de forragem e as características químico-bromatológicas e estruturais do relvado (Brachiaria decumbens), que foram relacionadas com o desempenho animal. Verificaram-se também os efeitos da suplementação sobre consumo, digestibilidade, pH e concentração de amônia do líquido ruminal, desempenho animal e características físicas da carcaça. Para a verificação de consumo de forragem, digestibilidade da dieta, pH e concentração de amônia do líquido ruminal, utilizaram-se cinco novilhos Nelore-Limousin, não-castrados, com 17 meses e 286 kg de peso vivo médio, fistulados no esôfago e rúmen. O óxido crômico e a fibra em detergente neutro indigestível (FDNI) foram utilizados como indicadores externo e interno, respectivamente. Para verificação dos efeitos da suplementação sobre o desempenho animal e as características de carcaça, utilizaram-se 40 novilhos Nelore-Limousin, não-castrados, com idade média de 17 meses e peso vivo inicial de 367 kg. Os animais foram divididos em cinco grupos de oito animais e cada grupo foi submetido a um tratamento de suplementação alimentar. Os suplementos tinham diferentes proporções de milho quebrado, farelo de soja e farelo de trigo, além de mistura mineral e uréia, constituindo tratamentos com diferentes teores de energia digestível e aproximadamente 24,1% de proteína bruta na matéria seca. Os tratamentos e suas respectivas denominações foram: T 1 (referência), sal mineralizado; T 2 (75% milho), 75,62% milho quebrado, 20,9% farelo de soja, 1,49% de mistura mineral e 1,99% de uréia; T 3 (50% milho), 50,45% milho quebrado, 14,23% farelo de soja, 31,84% farelo de trigo, 1,49% de mistura mineral e 1,99% de uréia; T 4 (25% milho), 25,17% milho quebrado, 8,66% farelo de soja, 62,69% farelo de trigo, 1,49% de mistura mineral e 1,99% de uréia; e T 5 (farelo de trigo), 1,99% farelo de soja, 94,53% farelo de trigo, 1,49% de mistura mineral e 1,99% de uréia. Os tratamentos foram fornecidos em quantidade equivalente a 1% do peso vivo do lote na base de matéria natural. Os animais foram pesados e os tratamentos com os respectivos animais foram trocados de piquete a cada período de 28 dias. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados e os testes de médias foram realizados em nível de significância de 5% de probabilidade pelo teste Tukey. O capim-braquiária foi caracterizado nos meses de julho a outubro como sendo de baixa qualidade, uma vez que apresentou baixos teores de proteína, baixa digestibilidade e alto valor de fibra em detergente neutro (FDN). Verificaram-se maiores teores de proteína, carboidratos não-fibrosos e minerais no componente folha verde e maiores teores de carboidratos totais, FDN e fibra em detergente ácido (FDA) nos componentes caule verde, folha seca e caule seco. Observaram-se altos valores da fração A da proteína nos componentes folha verde e caule verde e baixos valores nos componentes folha seca e caule seco. Verificaram-se, também, altos valores da fração C da proteína nos componentes caule verde, folha seca e caule seco. Em relação aos carboidratos, verificaram-se baixos valores de carboidratos não-fibrosos (A+B 1 ), altos da fração C nos componentes caule verde, folha seca e caule seco e baixo valor da fração B 2 no componente caule verde. O ganho de peso vivo médio diário dos animais em pastejo correlacionou-se linear e negativamente com disponibilidade de matéria seca morta e linear e positivamente com as relações disponibilidade de matéria seca verde/matéria seca morta (DMSV/DMSmorta) e matéria seca de folha verde/matéria seca morta mais matéria seca de caule verde (DMSFV/(DMSmorta + DMSCV)). O pH do líquido ruminal foi influenciado linear e negativamente pelo tratamento T 2 (75% de milho) e linear e positivamente pelo tratamento T 5 (farelo de trigo). A concentração de amônia ruminal manteve-se acima de 5 mg de N-NH 3 /100 mL de líquido ruminal, com exceção do tratamento T 1 (referência). A digestibilidade aparente da matéria seca (DapMS) da dieta consumida pelos animais submetidos aos tratamentos suplementares foi, em média, de 55,4% e a da dieta dos animais do grupo referência, de 35,6%. O consumo médio de matéria seca (CMS) dos animais submetidos aos tratamentos suplementares (2,05% PV) foi em torno de 42% superiores ao consumo do grupo referência (1,44% PV). Os ganhos médios diários de peso vivo foram 0,104; 0,917; 0,926; 0,934; e 0,882, respectivamente, nos tratamentos T 1 (referência), T 2 (75% milho), T 3 (50% milho), T 4 (25% milho) e T 5 (farelo de trigo). Verificou-se que o menor desenvolvimento dos animais do grupo referência resultou em carcaças mais leves, com maior proporção de ossos e menor de tecido adiposo. Os animais dos diversos tratamentos não diferiram (P>0,05) em relação a rendimento de carcaça e comprimento de carcaça, rendimento de paleta, acém completo, alcatra completa e coxão, área de olho de lombo e porcentagem de músculos na carcaça. |