Impactos da poluição industrial na economia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Mata, Henrique Tomé da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9409
Resumo: Com a introdução e a aplicação do método de análise da estrutura produtiva proposto por Leontief, muitos estudos procuram demonstrar os elos de ligação interna e o processo de interdependência que se observa entre os diferentes setores da economia. Com base na versão ampliada da estrutura analítica proposta por Leontief para a análise da repercussão da poluição industrial, foram analisados os diferentes efeitos da poluição industrial na economia brasileira. Para isso, foram estimados os níveis de diferentes componentes da poluição da água e do ar e seus respectivos custos de controle para o caso brasileiro, com base nos indicadores de intensidade e custos médios obtidos da base de dados IPPS do Banco Mundial. Os resultados obtidos mostraram-se consistentes com os objetivos delineados de determinar os impactos da internalização dos custos e da quantidade de poluição na economia e de verificar os impactos de alternativas políticas econômicas no meio ambiente, em especial sobre a capacidade de geração e controle da poluição. Observou-se que os setores de siderurgia e metalurgia, alimentos processados, têxteis, couros, calçados e vestuários, madeira, papel e celulose, extrativo mineral, química e petroquímica apresentaram os maiores efeitos de interdependência na economia, em termos de multiplicadores de produção e renda. Entretanto, para atender ao desenvolvimento de um programa de controle da poluição industrial, procedeu-se à estimativa dos custos e posterior internalização ao modelo de insumo-produto, na suposição de que os agregados produtivos devam adotar "tecnologias limpas", acarretando investimentos em atividades de controle. Os setores mais intensivos nas emissões de poluição foram siderurgia e metalurgia, química e petroquímica e outras indústrias, sendo os dois primeiros mais dinâmicos e de maior campo de influência na economia. Em relação aos custos estimados para os programas de controle, foram determinados maiores custos para componentes SO 2 , elementos tóxicos do ar, NO 2 , componentes orgânicos voláteis (COV) e poluentes da água.