Extrato de própolis na conservação pós-colheita de frutas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Passos, Flávia Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Produção Vegetal
Mestrado em Agronomia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2038
Resumo: Os revestimentos são uma das mais recentes alternativas para auxiliar na conservação de alimentos. Os revestimentos possuem excelentes propriedades de barreira, principalmente às trocas gasosas e ao vapor de água, que contribuem para manutenção da qualidade pós-colheita de frutas. Objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos do revestimento com extrato de própolis sobre as características físico-químicas de mamão (Carica papaya L.), laranja (Citrus sinensis) e banana (Musa sp.), armazenados sob condição ambiente. Três ensaios foram montados, nos quais os referentes frutos foram selecionados e divididos em cinco tratamentos pós-colheita. Os ensaios dos frutos de mamoeiro Solo cv. Golden e laranjeira Pera consistiram em três formas de revestimento por imersão ( álcool 70% , extrato hidroalcoólico de própolis a 2,5% , extrato hidroalcoólico de própolis a 5% ) e dois controles (um sem revestimento e outro em que os frutos não foram revestidos e mantidos sob refrigeração). O ensaio dos frutos de bananeira Prata consistiu em quatro formas de revestimento por imersão em extrato de própolis de diferentes fontes botânicas com concentração de 2,5% (m/v) ( extrato aquoso de própolis silvestre , extrato hidroalcoólico de própolis silvestre , extrato hidroalcoólico de própolis verde alecrim e extrato hidroalcoólico de própolis Green Red ) e um controle (sem revestimento). As variáveis avaliadas foram perda de massa, firmeza da polpa, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT), relação entre sólidos solúveis totais e acidez total titulável (SST/ATT) e potencial hidrogeniônico (pH), realizadas em intervalos de 4 dias por 12 dias de armazenamento no ensaio do mamão, aos 0, 10, 18 e 25 dias de armazenamento no ensaio da laranja e em intervalos de 3 dias por 12 dias de armazenamento no ensaio da banana. Realizou-se a análise sensorial dos mamões aos 4 dias de armazenamento e das bananas aos 3 e 6 dias de armazenamento, avaliados por provadores não treinados através do teste de aceitação. No ensaio do mamão Solo cv. Golden , os tratamentos pós-colheita refrigerado , própolis 2,5% e própolis 5% propiciaram menor perda de massa. A firmeza da polpa para o tratamento pós-colheita própolis 5% apresentou-se superior aos tratamentos pós-colheita controle , álcool e própolis 2,5% . O teor de SST foi maior para o tratamento pós-colheita própolis 5% , que diferiu somente do tratamento pós-colheita álcool . A ATT e a relação SST/ATT não variaram com os tratamentos pós-colheita, variando somente com o tempo de armazenamento. O pH dos mamões refrigerados apresentaram diferenças significativas em relação aos demais tratamentos pós-colheita. Os frutos armazenados sob condição de refrigeração apresentaram sintomas de injúria pelo frio, verificados através de observação visual. Mamões revestidos com extrato de própolis apresentaram aceitação sensorial semelhantes aos demais tratamentos pós-colheita no quarto dia de armazenamento. No ensaio da laranja Pera , os tratamentos com própolis reduziram a perda de massa até o 18o dia de armazenamento. Os frutos revestidos com extrato de própolis mantiveram-se mais firmes aos 25 dias de armazenamento, não diferindo significativamente dos demais tratamentos pós-colheita. O tratamento pós-colheita refrigerado apresentou menor perda de massa e firmeza da polpa durante o período de armazenamento, ocasionado pela incidência da injúria pelo frio. Os revestimentos com extratos de própolis proporcionaram alterações significativas de pequena magnitude nas variáveis SST, ATT, relação SST/ATT e pH nas laranjas ao final do período de armazenamento. Enquanto que no ensaio da banana Prata , ao final de 12 dias de armazenamento, os revestimentos de extrato de própolis verde e aquoso reduziram a perda de massa nos frutos, quando comparados ao tratamento pós-colheita controle . Neste mesmo período, não foi observado diferenças entre os tratamentos pós-colheita na firmeza da polpa das bananas. Verificou-se a ocorrência de menores valores de ATT e maiores valores de pH em todos os tratamentos pós-colheita no decorrer do amadurecimento dos frutos. O teor de SST aumentou ao final do período de armazenamento, que consequentemente, contribuiu para elevar a relação de SST/ATT nos tratamentos pós-colheita, sendo mais significativo no tratamento pós-colheita vermelho . Sensorialmente, as bananas Prata não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos pós-colheita com e sem revestimento de extrato de própolis, apresentando qualidade sensorial até o 6o dia de armazenamento. Os revestimentos de extrato de própolis aliam a vantagem de ser uma alternativa para o aumento da vida útil pós-colheita de frutas, com o melhor controle da perda de massa.