Nutrição e fertilização de orquídeas in vitro e em vaso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, André Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6816
Resumo: A nutrição das orquídeas é um dos principais fatores que influenciam a propagação e produção dessas plantas durante as fases de cultivo in vitro e ex vitro. Assim, para o presente estudo foram realizados dois trabalhos contemplando tal tema. O primeiro teve como objetivo desenvolver e acrescentar uma terceira fase ao método Requerimento- Suprimento (método ReSu) de elaboração de composição nutricional de meios de cultura, a qual, ao utilizar-se de matrizes experimentais com reduzido número de tratamentos, permite o estudo do efeito da concentração de cada nutriente e de suas interações sobre a germinação de sementes e o crescimento de plântulas de orquídeas, permitindo, assim, a otimização da composição nutricional de dois novos meios de cultura, um para o semeio e outro para o recultivo in vitro de Cattleya perrinii Lindl. Este método passou a ser denominado de Requerimento-Suprimento-Otimização (método ReSuOti). No segundo trabalho, o objetivo foi realizar um estudo sobre a nutrição de orquídeas do gêneros Phalaenopsis, Cattleya e Dendrobium e desenvolver um modelo de recomendação de fertilização de orquídeas fundamentado no balanço nutricional entre requerimento e suprimento e que, ao determinar o fertilizante e a sua dose, considere as variáveis genótipo, tipo de substrato utilizado, manejo da irrigação, fase do cultivo, nível tecnológico do sistema de produção e produtividade esperada. No primeiro trabalho, foram montados três experimentos para a fase de semeio e três para a de recultivo in vitro, sendo um experimento para estudar a interação N × P × S, outro para a intração K × Ca × Mg, nesses dois experimentos utilizou-se a matriz experimental Box Berard aumentada (3) modificada, e um terceiro para avaliar, isoladamente, os efeitos das concentrações de Fe, Zn e Mn. Teve-se como conclusão do primeiro trabalho que a utilização da terceira fase do método ReSuOti permitiu, com a utilização de um número reduzido de tratamentos, o estudo do efeito da concentração de cada nutriente e de suas interações sobre a germinação de sementes e o crescimento de plântulas de orquídeas, e possibilitou a otimização da composição nutricional de dois novos meios de cultura, um para o semeio e outro para o recultivo in vitro de C. perrinii. A composição nutricional otimizada no meio de cultura para a fase de semeio foi 539 (N); 323 (P); 30 (S); 935 (K); 140 (Ca); 40 (Mg); 9,4 (Fe); 1,3 (Zn) e 5,1 (Mn) mg L-1, o qual fora denominado de meio Suprimento-Orquídea-Fase Semeio (meio SuOS). No meio de cultura para a fase de recultivo a composição nutricional otimizada foi 455 (N); 206 (P); 214 (S); 655 (K); 39 (Ca); 12 (Mg); 3 (Fe); 2,3 (Zn) e 3,7 (Mn) mg L-1, este meio foi denominado de meio Suprimento-Orquídea-Fase Recultivo (meio SuOR). No segundo trabalho, baseado no balanço nutricional entre requerimento e suprimento e utilizando a modelagem como ferramenta, desenvolveu-se a primeira versão de um modelo de recomendação de fertilização de orquídea, denominado Ferticalc-Orquídea, que possibilita recomendar as doses dos nutrientes N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Zn, Mn, Cu, B e Mo em função do grupo da orquídea cultivada, da fase do cultivo dessas plantas, do volume e do tipo de substrato utilizado, da produtividade esperada, do manejo da irrigação, da existência ou não do controle de temperatura na casa de vegetação e do objetivo com a cultura (produção de orquídea em vaso ou de flor para corte). Os grupos de orquídeas contemplados nesta primeira versão foram: grupo falenópsis (G1); grupo dendróbio nobile (G2); grupo denfal (G3); grupo catleia monofoliada (G4); grupo catleia bifoliada (G5) e grupo catleias pequenas (G6).