Associação dos fungos Monacrosporium sinense e Pochonia chlamydosporia no controle biológico de nematoides gastrintestinais de bovinos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/28870 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.034 |
Resumo: | As infecções por nematoides são uma importante restrição à produção eficiente de ruminantes criados em pastagem no Brasil e no mundo. O presente estudo descreve sobre os fungos Monacrosporium sinense (SF53) e Pochonia chlamydosporia (VC4) e seu uso associado no controle de nematoides gastrintestinais de bovinos. As etapas dos estudos in vitro envolveram observação dos índices de velocidade de crescimento micelial (IVCM) de cada fungo em três meios de cultura, seis temperaturas e sete variações de pH; a compatibilidade entre estes isolados; microscopia eletrônica e óptica de suas estruturas e interações com nematoides e suas atividades nematicidas conjuntas e isoladas sobre larvas infectantes (L3) de bovinos. A etapa do estudo in vivo avaliou os efeitos da administração oral de péletes contendo a combinação fúngica no controle biológico de L3 de nematoides parasitas gastrintestinais de bovinos criados em pastagens. A compatibilidade entre os isolados SF53 e VC4 foi confirmada pelos testes de confrontação direta, antibiose e compostos voláteis. Além disso, a avaliação nematicida in vitro mostrou que a melhor eficácia foi quando os dois isolados foram usados em conjunto, com redução de 98,90% no número de L3 de nematoides de bovinos. A espécie P. chlamydosporia apresentou a maior taxa de crescimento em meio ágar água a 20°C, enquanto M. sinense apresentou um crescimento numericamente melhor a 30°C. Os fungos não cresceram a 35 ou 40°C durante os seis dias de observação. Surpreendentemente, o crescimento micelial de ambos os isolados inibidos na temperatura de 35°C por 6 dias, recomeçaram seu crescimento quando a temperatura foi reduzida para 25°C. Já a temperatura de 40°C foi prejudicial para o desenvolvimento de ambos os fungos no laboratório. A observação do pH foi importante para mostrar que as variações de pH no trato gastrointestinal dos bovinos não serão prejudiciais aos fungos, uma vez que oferecer formulações orais aos animais é a forma mais prática de dispersar fungos nas fezes. A microscopia eletrônica e óptica mostrou as estruturas fúngicas que beneficiam seu uso no controle biológico de nematoides e interações com larvas infectantes de helmintos. Larvas de nematoides mantidas pelo micélio de P. chlamydosporia confirmam sua capacidade de predar os estágios larvais, apesar de ser um fungo classificado no grupo “ovicida”. Na avaliação a campo, a recuperação de L3 da pastagem do grupo tratado com a combinação fúngica foi 91,7% e 86,4% menor doque na pastagem do grupo controle, respectivamente para amostras coletadas a 20 cm e 40 cm das fezes. Os valores de ovos por grama de fezes (OPG) nos meses de maio de 2019 e janeiro de 2020 foram menores (p≤0.05) no grupo tratado. Portanto, os fungos M. sinense e P. chlamydosporia são promissores no controle de larvas infectantes de nematoides gastrintestinais de bovinos. Palavras-chave: Agentes biocontroladores. Compatibilidade. Crescimento micelial. Fungos nematófagos. Helmintos. Parasitas. Pastagem. Predadores. Ruminantes. Verminoses. |