Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Salustiano, Maria Eloisa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10756
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Resumo: |
Neste trabalho, procurou-se quantificar o progresso da pinta-preta, causada por Alternaria solani, em quatro épocas de plantio e suas relações com as variáveis climáticas, além de comparar o desempenho do cultivar Santa Clara e do híbrido Débora Plus em relação ao desenvolvimento da pinta-preta em duas épocas de plantio e em dois sistemas de condução. Também, quantificaram-se as perdas na produção causadas pela pinta-preta em duas épocas de plantio. Nesse sentido, quatro ensaios foram conduzidos em diferentes épocas de plantio, em plantas conduzidas pelo sistema de condução tradicional de tutoramento e sistema tutorado vertical. Foram realizados plantios de agosto a novembro de 1997, de outubro de 1997 a janeiro de 1998, de fevereiro a maio de 1998 e de abril a agosto de 1998. Os dados meteorológicos foram registrados durante a condução dos ensaios. Dentre as épocas de plantio estudadas, a época 1 foi a que proporcionou controle químico mais eficiente da pinta-preta, reduzindo a severidade em 93%. Esse controle foi possível devido à aplicação preventiva do chlorotalonil e às viiicondições climáticas do ano no inverno–primavera, quando temperaturas inferiores ou iguais a 20 oC predominaram, associadas a períodos de molhamento foliar com duração de seis horas semanais e escassez de chuva. Essa condição climática proporcionou atraso no início da epidemia, favorecendo o controle da doença. Já na época 2, as condições climáticas favoreceram a ocorrência da doença, antecipando o início da epidemia. As temperaturas registradas foram 25-30 oC, consideradas ótimas para o desenvolvimento da doença. Além da temperatura favorável, houve freqüência de chuva e presença de molhamento foliar constante. Nessas condições de ambiente, a pinta-preta desenvolveu-se rapidamente, atingindo severidade máxima em 60 dias após o transplantio, reduzindo o ciclo da cultura e levando plantas que não receberam aplicação de chlorotalonil à morte precoce. A antecipação da manifestação da pinta-preta para 34 dias após o transplantio dificultou o controle químico, reduzindo a eficiência. A época 3, verão–outono, foi desfavorável à doença em razão da escassez de chuva e do reduzido período de molhamento foliar, apesar de terem ocorrido temperaturas consideradas ótimas para o desenvolvimento da doença. A época 4, outono– inverno, foi desfavorável à pinta-preta, e o desenvolvimento da epidemia foi lento, alcançando severidade máxima depois de 100 dias após o transplantio. Nos ensaios 3 e 4, a primeira aplicação de fungicida foi feita por ocasião da manifestação dos primeiros sintomas. Houve efeito do chlorotalonil, reduzindo a severidade nas plantas que receberam aplicação e aumentando o ciclo da cultura. O cultivar Santa Clara apresentou maior AACPD em relação ao híbrido Débora Plus, no entanto o cultivar Santa Clara produziu mais frutos grandes e pesados quando conduzido pelo sistema tutorado vertical. O híbrido Débora Plus produziu mais frutos médios e mais frutos com sintomas de pinta-preta quando conduzido pelo sistema tutorado vertical. O sistema tutorado vertical não diferiu em produção com relação ao sistema tradicional na época 3. Já na época 4, o sistema tutorado vertical produziu maior número e peso de frutos comerciais. O controle com chlorotalonil foi efetivo nos sistemas para redução da pinta-preta nas folhas, além de promover redução dos frutos com pinta- preta. Os resultados indicaram que maior eficiência no controle da pinta-preta, com redução de fungicida e perdas provocadas por essa doença, pode ser obtida com o plantio do cultivar Santa Clara conduzido pelo sistema tutorado vertical em épocas de verão–outono e outono–inverno. O uso de chlorotalonil em alternância com a Calda Viçosa em épocas de inverno–primavera é também recomendável. Em épocas de verão, quando predominam as condições ótimas para o desenvolvimento da pinta-preta, é recomendável a antecipação da aplicação preventiva desse fungicida. |