Conservação pós-colheita e metabolismo de 2003 carboidratos em raízes de dois clones de mandioquinha- salsa (Arracacia xanthorrhiza Bancroft)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Ribeiro, Rosilene Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10283
Resumo: Com o objetivo de avaliar a eficácia da refrigeração e do filme plástico de PVC, na extensão da conservação pós-colheita de raízes de mandioquinha- salsa dos clones Amarela de Carandaí (BGH 5746) e Roxa de Viçosa (BGH 6513), bem como de verificar a atividade de enzimas invertases no metabolismo de carboidratos das raízes tuberosas, foram conduzidos três experimentos. Os experimentos foram arranjados no delineamento de blocos casualizados em parcelas subdivididas, tendo o primeiro, três repetições, e os dois últimos, quatro repetições. No primeiro experimento, os fatores das parcelas foram: uso ou não da embalagem de filme de PVC x temperatura de 5 e de 10oC, em fatorial 2 x 2, e, nas subparcelas o tempo de armazenamento de 15, 30, 45 e 60 dias. No segundo e no terceiro experimento, objetivou-se o estudo de atividade enzimática, sendo conduzidos por 7 dias, no laboratório de Pós-Colheita, em temperatura ambiente e, por 21 dias, em câmaras frias às temperaturas de 5 e de 10oC, respectivamente. Foram alocados nas parcelas as temperaturas e nas subparcelas o tempo de armazenamento. No primeiro experimento, as raízes de ambos os clones tiveram menor perda de massa fresca e maior teor relativo de água, ao longo do armazenamento, quando envolvidas com o filme de PVC. Porém, a 5oC sem o filme de PVC, apresentaram sintomas de injúria por frio, sendo o clone Amarela de Carandaí, o mais sensível. As raízes dos dois clones, com o filme de PVC, tanto a 5 quanto a 10oC, mantiveram-se com aparência para comercialização até 60 dias de armazenamento, com ausência de injúria por frio, murcha aparente e deterioração por microrganismos. Porém, sem o PVC, as raízes permaneceram comercializáveis por menos de 14 dias de armazenamento, devido a perdas excessivas de massa fresca (a 5 e a 10oC), a injúria por frio (a 5oC) e a infecção por Penicillium sp. (a 10oC). O teor de amido reduziu gradualmente nas raízes embaladas, tanto a 5 quanto a 10oC, nos dois clones, e mais acentuadamente nas raízes sem o PVC, o que contribuiu para menor conservação pós-colheita. A composição gasosa gerada no interior das embalagens, em ambos os clones, não foi suficiente para prevenir o aumento dos açúcares redutores que ocorreu nas raízes embaladas, mas foi benéfica em manter as taxas respiratórias baixas, uma vez que esses açúcares não foram consumidos. O aumento dos açúcares redutores nas raízes embaladas evidenciou possível efeito das temperaturas de 5 e de 10oC no acúmulo de açúcares solúveis nessas raízes. No segundo e no terceiro experimento, a atividade das invertases ácida solúvel e alcalina foram baixas, ao longo do armazenamento a 5oC, 10oC e a temperatura ambiente. No entanto, a 10oC, a concentração dos açúcares não redutores correlacionou-se negativamente com a atividade da invertase ácida da parede celular, que nas raízes dos dois clones foi a invertase mais ativa durante o armazenamento.