Efeito do índice glicêmico dos alimentos nas medidas antropométricas, na composição corporal e na ingestão alimentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Costa, Jorge de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Mestrado em Ciência da Nutrição
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2712
Resumo: A incidência de obesidade em todo o mundo vem alcançando níveis alarmantes. Um dos fatores apontados como responsáveis por estes níveis tem sido o elevado e contínuo consumo de alimentos de alto índice glicêmico (IG) nas últimas décadas. Dessa forma, o consumo de alimentos de baixo IG como ferramenta a ser utilizada no controle das doenças crônicas não-transmissíveis tem sido investigado. O consumo desses alimentos pode promover o aumento da saciedade, a redução do teor de gordura corporal, além da manutenção e, ou diminuição do peso corporal. No entanto, a maioria dos estudos sobre este assunto não tem consistência metodológica e, portanto, seus resultados são controversos e não são conclusivos. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi descrever e analisar criticamente os estudos até então publicados sobre este assunto. Para tal, as principais bases de dados em saúde pública (Medline, Lilacs, scielo, Pubmed) foram consultadas, sendo selecionados os artigos publicados sobre este tema, no período de 1999 a 2008. Foram utilizados os seguintes descritores e seus respectivos correspondentes em inglês: obesidade, saciedade, peso corporal, gordura corporal em associação ao índice glicêmico dos alimentos. Após a análise dos estudos já publicados, considerou-se importante a realização de novos estudos clínicos bem delineados e controlados, para verificar os reais efeitos do IG na prevenção e no controle da obesidade. Neste sentido, desenvolveu-se um estudo em crossover, com o objetivo de avaliar o efeito do consumo de duas refeições diárias de alto ou de baixo IG, apresentando teor de macronutrientes, fibras e densidade calórica semelhantes, durante 30 dias consecutivos na ingestão alimentar, nas medidas antropométricas e na composição corporal em indivíduos com sobrepeso ou obesidade. As refeições testadas foram ingeridas em condições laboratoriais. Os 17 participantes foram orientados a incluir preferencialmente alimentos de alto IG ou baixo IG nas demais refeições do dia, de acordo com a etapa experimental. Além disso, cada voluntário recebeu diariamente 3 porções isocalóricas de frutas de alto IG ou baixo IG. Imediatamente antes da intervenção e no 15o e 30o dias de cada tratamento, os participantes foram submetidos à avaliação da composição corporal (massa magra e gordurosa) e avaliação antropométrica (índice de massa corporal, circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ) e relação cintura/quadril (RCQ)). A ingestão habitual e a ingestão antes e ao final de cada tratamento foram avaliadas, por meio de registro alimentar de 3 dias. As sensações subjetivas de apetite em resposta à ingestão das refeições testadas foram avaliadas no 1o e no 30o dia de cada tratamento. Verificou- se redução significante das medidas de CC, CQ e RCQ após 30 dias de consumo das refeições de baixo IG. Os demais parâmetros avaliados não foram afetados pelos tratamentos aplicados no estudo. Este resultado indica que o consumo de 2 refeições diárias de baixo IG por 30 dias consecutivos pode contribuir para a diminuição do risco de obesidade e de doenças cardiovasculares.