Comparação entre o método de amostragem tradicional e por scanner terrestre (TLS) em Floresta Tropical Secundária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Viana, Aguida Beatriz Travaglia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28080
Resumo: Os procedimentos metodológicos do inventário florestal almejam a redução do tempo e de recursos financeiros aliados à manutenção da precisão requerida. Pesquisas que visam à comparação destes métodos com os tradicionais ainda são incipientes. Portanto, objetivou- se comparar o método de amostragem tradicional e por scanner terrestre (TLS) com base em inventário de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, localizado em Viçosa – Minas Gerais, Brasil. A pesquisa foi dividida em dois capítulos. No primeiro, comparou- se estimativas de variáveis dendrométricas obtidas por meio do uso de LiDAR terrestre e de dendrometria convencional e ajustaram-se equações de volume por meio destes dados LiDAR. Para isso, foram estabelecidos o método I (tradicional) e II (uso do TLS) de amostragem. Foram realizadas cubagem rigorosa convencional e por meio do TLS em 29 indivíduos arbóreos pertencentes à 10 espécies. As 10 espécies que apresentaram o maior índice do valor de importância (IVI) foram selecionadas. Equações de volume com base nos modelos de Schumacher e Hall e de Spurr foram geradas. A comparação entre as variáveis dendrométricas foi feita pelo teste L&O e entre as equações volumétricas, pelo teste de identidade de modelos. Foram mensurados e processados 32 fustes. Os valores de DAP médio obtidos pelos métodos I e II (19,58cm e 19,48cm, respectivamente) foram bem próximos entre si, assim como os de volume. A altura total apresentou tendência à superestimação dos valores das alturas obtidas pelo método II em relação ao método I. Por sua vez, a altura comercial apresentou baixa correlação entre os valores (R2=0,3965). O teste L&O mostrou que apenas a variável DAP foi considerada estatisticamente igual para ambos os métodos (p-valor = 0,05 e p-valor = 0,27 para o teste F e o teste t, respectivamente). O teste de identidade de modelos indicou não haver identidade entre as equações (p-valor = 1,20e -25 ). Concluiu-se que apenas a variável DAP foi estatisticamente igual para ambos os métodos. As equações volumétricas ajustadas foram estatisticamente diferentes e aquelas baseadas no modelo volumétrico de Shumacher e Hall foram as que apresentaram melhor ajuste para ambos os métodos. No segundo capítulo, foram comparados métodos de amostragem por parcelas de área fixa e variável por meio de seus parâmetros populacionais e estrutura horizontal. Foram estabelecidos 2 métodos de amostragem. O primeiro de área fixa (I) e o segundo de área variável com 1 ponto (II) de coleta. No método I, foram remedidas 9 parcelas de 20x50 m. No segundo, a coleta foi feita com a barra de Bitterlich. A comparação entre os métodos foi realizada por meio da análise do coeficiente de correlação de Pearson e do teste t pareado. No caso das distribuições diamétricas aplicou-se o teste de aderência de KS para avaliar sobre diferenças estatísticas. O método II quando comparado com o método I apresentou tendência à subestimação para os parâmetros número de espécies, diâmetro médio, área basal por hectare e volume por hectare. Os valores de altura total média apresentaram tendência à superestimação e o número de fustes por hectare não apresentou tendência. A distribuição diamétrica do método alternativo (II) diferiu estatisticamente a 5% de significância do método I para a densidade, já para a dominância não foram constatadas diferenças significativas. Conclui-se que os parâmetros populacionais e estrutura horizontal obtidos pelos métodos de amostragem por parcelas de área fixa e variável diferem estatisticamente e que, a substituição do método tradicional de inventário florestal por métodos de amostragem alternativos deve ser realizada de maneira cautelosa. De um modo geral, métodos alternativos podem ser precisos para um rápido levantamento sobre o número de fustes por hectare ou então sobre a dominância do povoamento. No entanto, em situações nas quais a prioridade é aquisição de dados altamente precisos, instrumentos como os lasers scanners terrestres são ferramentas essenciais para atingir tais objetivos.