Caracterização química e física de excretas de codornas européias submetidas a variações de temperatura em câmaras climáticas como indicativo de níveis de estresse calórico, emissão de amônia e adequação a compostagem
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ Mestrado em Engenharia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3638 |
Resumo: | Apesar das codornas de corte já estarem no mercado brasileiro há 16 anos, ainda são escassas as informações nas áreas de manejo, nutrição e ambiência como um todo, este fato muitas vezes dificulta a criação e contribui para o aumento no custo de produção da espécie europeia sob as condições do clima do Brasil. Considera-se que a coturnicultura de corte possui grande potencial de crescimento, tornando-se assim, de suma importância estudos relacionados à criação desse animal, tanto em termos de ambiência associada à produtividade animal, como em aspectos ambientais relacionados à caracterização dos dejetos produzidos, sob diferentes condições térmicas de criação. Com base no exposto, objetivou-se, com este trabalho, caracterizar e analisar a variação de componentes das excretas de codornas de corte da linhagem Coturnix coturnix coturnix, criadas em câmaras climáticas, sob diferentes situações de ambiente térmico. Teve-se como objetivos específicos avaliar a possível relação entre componentes e umidade da excreta com o ambiente térmico de criação das codornas, e a relação entre componentes e características da excreta com o conforto térmico ideal para as codornas, a cada semana de vida das mesmas. Objetivou-se também avaliar o potencial de emissão de amônia das excretas em diferentes condições micro ambientais e determinar a relação Carbono/Nitrogênio das excretas com vistas ao calculo da quantidade ideal de fontes específicas de carbono a serem adicionadas aos dejetos, para uma posterior compostagem eficiente do substrato gerado. A pesquisa foi realizada no AMBIAGRO-DEA/UFV, e conduzida em duas fases: na primeira fase foram utilizadas 900 aves de 1 a 21 dias de idade e segunda fase foram utilizadas 300 aves de 22 a 35 dias de idade. A primeira fase foi constituída por cinco tratamentos: conforto térmico preconizado pela literatura para as três primeiras semanas de vida das aves, (36, 33, 30°C, respectivamente), dois níveis de estresse por calor, (39, 36, 30°C e 42, 39, 36 °C respectivamente), dois níveis de estresse por frio (33, 30, 27°C e 30, 27, 24°C). Na segunda fase experimental houve uma redistribuição das aves de forma que as codornas de cada um dos cinco tratamentos da primeira fase fossem submetidas a uma situação de conforto térmico preconizado (26°C) e a dois níveis de estresse por calor (30°C e 33°C) constituindo assim, 15 novos tratamentos. Foram analisados o teor de umidade, pH, carbono orgânico, nitrogênio total, fósforo total, sódio total e potássio total, nas excretas das aves durante as duas fases. As variações dos teores de nitrogênio e potássio encontrados nas excretas das aves submetidas a diferentes ambientes térmicos não foi suficiente para garantir que estes parâmetros sirvam como indicadores de estresse térmico de codornas. Já os teores de umidade das excretas das aves submetidas ao calor severo, na segunda fase do experimento, foram superiores ao valor encontrado nas excretas das aves submetidas ao conforto térmico, qualificando este fator como um indicativo de que as aves não se encontraram em conforto térmico. A relação carbono/nitrogênio obtida nas excretas de codornas, independente da idade e ambiente térmico a que estão submetidas, é inferior ao ideal para a compostagem, exigindo acréscimo de material fornecedor de carbono. Ambientes muito frios na fase inicial de vida ou muito quentes na fase de crescimento e final de codornas de corte, resultam em fezes mais liquidas e ao consequente maior potencial de emissão de amônia. |