Efeito de extratos de Crotalaria juncea e C. ochroleuca sobre Meloidogyne javanica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Fitopatologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30011 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.095 |
Resumo: | Os fitonematoides acarretam prejuízos à agricultura. Os extratos vegetais têm sido estudados com o objetivo de se identificar compostos nematicidas. Com a identificação desses compostos, será possível chegar a formulações comerciais à base de extratos vegetais. Assim, compostos nematicidas oriundos de plantas podem tornar-se ferramentas no manejo de fitonematoides. Desse modo, os objetivos do trabalho foram avaliar se os extratos vegetais obtidos de Crotalaria juncea e C. ochroleuca, apresentam potencial nematicida e avaliar se o efeito da técnica de cultivo do material vegetal afeta tal efeito, comparando extratos provenientes de micropropagação versus cultivo convencional. Foram testados extratos metanólicos de raízes de C. juncea obtidas sob cultivo convencional (ERCJ_CC), de raízes de C. juncea micropropagadas (ERCJ_MP), de calos de C. juncea micropropagadas (ECCJ_MP) e calos de C. ochoroleuca micropropagadas (ECCO_MP), e extrato de meio de cultivo dos exsudatos radiculares de C. juncea micropropagadas (EERCJ_MP). Os testes consistiram em avaliar os efeitos in vitro desses extratos sobre a mortalidade e eclosão de juvenis de segundo estádio (J2) de Meloidogyne javanica, e in vivo sobre o parasitismo dos J2. Nos testes para avaliar o efeito sobre a mortalidade, os J2 foram tratados com os diferentes extratos nas seguintes concentrações: 0, 100, 200, 300, 400 e 500 µg mL -1 , e a porcentagem de juvenis mortos foi quantificada em 24 h, 48 h e 72 h. A partir desses resultados foram calculadas as concentrações letais CL 50 , CL 90 e CL 95 , após 72 h. Já nos testes de eclosão, os ovos foram tratados com cada extrato, exceto com ERCJ_CC, nas CL 95 aos J2, e quantificou-se o número de J2 eclodidos ao longo de dez dias. Para avaliar o efeito dos extratos sobre o parasitismo de M. javanica, três ensaios independentes foram montados. Para isso, mudas de tomateiro foram inoculadas com J2, posteriormente, foram aplicados ECCO_MP e ECCJ_MP em suas CL 95 (ECCO_MP_1 e ECCJ_MP_1) e em concentrações quatro vezes maiores que as CL 95 (ECCO_MP_2 e ECCJ_MP_2). No primeiro ensaio, quantificou-se o número de J2 que penetraram nas raízes aos 4 dias após inoculação (DAI). No segundo ensaio, aos 20 DAI foram contadas as fêmeas no interior das galhas. E no terceiro ensaio, foram contados, aos 30 DAI, o número de galhas, massas de ovos e ovos. No teste de mortalidade, ERCJ_CC apresentou baixa atividade nematicida, enquanto ERCJ_MP exibiu alta atividade nematicida; ECCO_MP e ECCJ_MP foram os extratos mais tóxicos ao nematoide, apresentando CL 95 de 157, 65 e 189,81 µg mL -1 , depois de 72 h de incubação. Em relação aos efeitos na eclosão de juvenis, todos os extratos levaram a uma supressão na eclosão de pelo menos 82,30%. Nos testes de parasitismo, ECCO_MP_1 reduziu em 54,90% a taxa de penetração; ECCO_MP_1 e ECCJ_MP_2, reduziram o número de galhas em 18,73 e 23,80%; ECCJ_MP_2 reduziu o número massas de ovos e ovos em 23,37 e 49,31%. Conclui-se que todos os extratos de Crotalaria spp. apresentaram atividade nematicida, exceto ERCJ_CC, evidenciando que a técnica de cultivo do material vegetal afetou o efeito nematicida. ECCO_MP e ECCJ_MP foram os extratos mais promissores. Palavras-chave: Controle alternativo. Fitonematoides. Plantas antagonistas. |