Aspectos neuroendocrinos e comportamentais do desenvolvimento da formiga Camponotus (Myrmothryx) rufipes Fabricius, 1775 (Hymenoptera, Formicidae, Formicinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Soares, Paula Andréa Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9945
Resumo: O desenvolvimento pós-embrionário dos insetos apresenta uma reorganização profunda no sistema nervoso, como uma adequação à futura vida adulta. Porém, a plasticidade do sistema nervoso também ocorre durante a vida adulta devido a plasticidade comportamental, idade, sexo e do status endócrino. Neste estudo, foram avaliadas as mudanças estruturais sofridas no cérebro em representantes das castas reprodutiva e operária de Camponotus rufipes, com ênfase nas operárias polimórficas, e confrontadas com a titulação de hormônios morfogenéticos e seu repertório comportamental, visando possíveis relações entre ambos. Os resultados confirmaram a ocorrência de plasticidade neural pós- embrionária, bem como adulta. No entanto, a influência hormonal e comportamental neste fenômeno apresentou perfis distintos principalmente nas subcastas de operárias, sobretudo nas operárias minor. Operárias minor com três dias de vida adulta apresentaram altos títulos de hormônio juvenil e volume total do cérebro, mas operárias com idades a partir dos sete dias de vida, apresentaram valores decrescentes do volume do cérebro embora com repertório comportamental significante. No entanto, os altos títulos observados nas operárias major de 45 dias e a ausência de certos atos comportamentais não apresentaram qualquer relação com o volume do cérebro, trazendo dúvidas sobre a influência destes na plasticidade cerebral. É possível que as adaptações hormonais e comportamentais sejam cíclicas, visto que o volume total do cérebro das operárias menores apresentou platôs em momentos distintos da vida adulta, possivelmente em resposta a fatores que promovam aprendizagem e memória. O volume da neurópila das subcastas de operárias parece ser correlacionado à idade, sugerindo o aumento de ramificações neuronais e possível atividade sináptica, em resposta à adição de informações processadas ao longo do tempo.