Avaliação de parâmetros reprodutivos, com o auxílio da ultra- sonografia, em fêmeas suínas da região de Ponte Nova - MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Pinheiro, Roniê Wellerson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10585
Resumo: Este experimento foi realizado com o objetivo caracterizar os intervalos desmame-estro (IDE), o momento da ovulação (MO) e a duração do estro (DE) em sistemas de manejo adotados na região de Ponte Nova - MG. Pretendeu-se ainda, analisar as possíveis correlações entre estas características, associando-as com a duração da lactação prévia e espessura de toucinho na desmama, a fim de possibilitar a adoção de manejo na IA que produza maior taxa de concepção e tamanho de leitegada. Foram utilizadas 56 fêmeas da linhagem Camborough 22  de diferentes ordens de parição, com período de lactação médio de 14,7 dias. Estes animais foram alojados em gaiolas individuais, submetidos a três detecções de estro diariamente (7:30, 15:30 e 23:30 horas), sendo caracterizado pelo reflexo de tolerância ao macho (RTM). O reflexo de tolerância ao homem (RTH) foi testado antes da exposição das fêmeas ao macho, oito horas após a primeira observação de RTM positivo. O início foi definido pela primeira vez na qual a fêmea aceitou ser montada pelo homem. A determinação do momento da ovulação foi realizada por meio de ultra-sonografia transretal, e teve inicio 70 horas após o desmame, sendo realizados em intervalos de quatro horas. A manifestação do estro concentrou-se nos períodos da manhã e noite que juntos totalizaram 83%. A partir da manifestação de RTM, observou-se comportamento individual quanto à duração do estro (DE) na fêmea suína, variando de 24 a 96 horas, com duração média de 65 ± 15,46 horas. Para o RTH houve grande variação individual, manifestando-se de forma descontinua e muito curta. A DE apresentou correlação positiva com o momento da ovulação (MO) e de forma negativa com a espessura de toucinho ao desmame, não estando correlacionada com os demais parâmetros em analise (intervalo desmama estro, duração da lactação, ordem de parição e número de nascidos no parto subseqüente). O intervalo desmama estro (IDE) influenciou significativamente no número de leitões nascidos no parto subseqüente, diferindo para os animais que retornaram ao estro no terceiro e quinto dia em relação aos que tiveram um IDE de seis dias. Entretanto, não foi afetada pela ordem de parto, DE e MO. As ovulações concentraram-se no intervalo de 37 ± 11,37 horas, após o início do estro e também com grandes variações individuais, e o MO esteve correlacionando negativamente com a duração da lactação. Os animais que receberam duas doses inseminantes antes da ovulação tenderam a maiores leitegadas do que aqueles inseminados uma antes e duas depois e até mesmo os que receberam três doses antes da ovulação. A ultra-sonografia não afetou a eficiência reprodutiva dos animais apresentando 11,45 ± 2,66 leitões nascidos vivos contra 10,94 ± 3,15, para os animais não submetidos ao exame. Nas condições em que foi realizado este trabalho, pode-se concluir que: há grandes variações individuais para os parâmetros estudados (DE, IDE e MO), o que dificulta a adoção de protocolos fixos ma determinação do momento de inseminação. O RTH não deve ser utilizado de forma rotineira uma vez que se manifesta de forma descontinua e muito curto e que especial atenção deve ser destinada ao período da manhã para detecções do estro, considerando que na prática se realizam duas detecções/dia.