Avaliação, in vivo e in vitro, dos efeitos dos flavonóides quercetina, naringenina e ipriflavona na prevenção e tratamento do tumor ascítico de Ehrlich
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Doutorado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/289 |
Resumo: | Todos os anos surgem, no mundo, milhares de novos casos de câncer em seres humanos. No Brasil, estima-se para o ano de 2006 mais de 470.000 novos casos. Estudos relatam que muitos produtos naturais são estudados como agentes quimioprotetores contra vários cânceres de ocorrência mundial. Os flavonóides exercem efeitos benéficos na prevenção do câncer, devido a habilidade de inibir o ciclo celular, a proliferação celular, estrese oxidativo e induzir detoxificação de enzimas e apoptose. A descoberta da transplantação dos tumores favoreceu o estudo do comportamento de vários cânceres. O tumor ascítico de Ehrlich (TAE) foi o modelo utilizado nesse estudo em camundongos Swiss, inoculados com as células de tumor por via intraperitoneal, para avaliar o efeito dos flavonóides quercetina, naringenina e ipriflavona na prevenção do aparecimento desse tumor, bem como a quercetina e ipriflavona para tratar os camundongos com TAE e impedir o crescimento das células desse tumor in vitro. Os camundongos foram tratados com 10mg/kg dos flavonóides por 20 dias. No 21o dia, os animais foram inoculados por via intraperitoneal com 1,66x104 células em PBS pH 7,4. No experimento que visava o tratamento do tumor, a inoculação das células precedeu o uso diário dos flavonóides quercetina e ipriflavona. Após 18 dias de inoculação das células, foi coletado sangue dos animais e todo líquido ascítico formado na cavidade abdominal. Os níveis de proteínas totais, das enzimas aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotranferase (ALT) e albumina foram medidos utilizando kits enzimáticos e para contagem das células utilizou Hemocitômetro de Newbauer usando a técnica de exclusão pelo azul de tripano. No experimento que objetivava a prevenção, observou-se aumento nos valores médios de proteínas totais dos animais usando a naringenina; redução da atividade de AST quando usada a ipriflavona e de ALT quando associada a quercetina + naringenina. O uso da quercetina, naringenina e quercetina+naringenina provocaram um aumento nos valores médios de albumina. Ocorreu uma redução na viabilidade das células tumorais presentes no líquido ascítico com o uso de todos os flavonóides testados. Os animais com TAE tratados com a quercetina apresentaram aumento na atividade de AST e na concentração de albumina. Quando tratados com a ipriflavona, houve uma redução na atividade da ALT. Quanto à viabilidade das células tumorais, houve uma redução, independente dos flavonóides usados. Os estudos in vitro mostraram que com o aumento da concentração dos flavonóides quercetina e ipriflavona houve uma menor viabilidade celular. E quando os animais foram inoculados com as células do TAE previamente tratadas com 100µM de quercetina e ipriflavona, houve um aumento nos valores médios de proteínas totais e albumina no soro sanguíneo dos animais e uma redução na atividade das enzimas AST e ALT quando as células inoculadas foram tratadas com a quercetina. Os flavonóides quercetina e naringenina possuem uma atividade antitumoral significativa de acordo com o critério da NCI, onde se conclui que o seu uso como preventivo deva ser indicado. |