Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Breno Linhares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17848
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Resumo: |
O Brasil vem enfrentando uma das maiores crises hídricas da história, decorrente tanto do longo período de estiagem que ainda se vivencia quanto do crescente uso deste importante recurso, haja vista o natural crescimento da população. Nesse sentido, surgiu, em 2002, o conceito de pegada hídrica por intermédio do pesquisador holandês Arjem Hoekstra, que estabelece procedimentos para se calcular o gasto de água na atividade humana. De modo similar às pegadas ecológica e de carbono, este cálculo tem como objetivo mensurar o gasto de água com base no consumo direto e indireto de um produto, processo ou atividade, sendo um importante indicador ambiental. Assim, este estudo teve como objetivo geral calcular a pegada hídrica total da 87a Semana do Fazendeiro, que foi realizada no Campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais, entre 17 a 23 de julho de 2016, por meio da leitura de hidrômetros, a que se denomina “água direta”, e do inventário de resíduos sólidos produzidos no evento, chamada de “água indireta”, com vistas a definir ações de redução e neutralização. A pegada hídrica total do evento foi de 42.155,32 m3 de água, com 1.620,32 m3 e 40.535,00 m3 correspondentes à pegada hídrica direta (4%) e indireta (96%), respectivamente. O público estimado para os sete dias do evento foi de 48.982 pessoas, o que gerou uma pegada hídrica total per capita de cerca de 0,86 m3 de água (860 litros), ou seja, 30 litros e 830 litros para a direta e a indireta, respectivamente. Portanto, ficou demonstrado que o maior consumo de água do evento se deu pela utilização de diferentes tipos de resíduos sólidos, entre eles restos orgânicos, plástico, vidro, metal, papel e papelão, os quais demandam grandes volumes deste vital líquido em seus processos fabris. No sentido de minimizar a água gasta em eventos futuros, foi proposta a troca de sistemas hidráulicos e o aproveitamento da água de chuva, entre outras possibilidades. Posteriormente, com base em literatura especializada, definiu-se que a pretendida neutralização deveria ser feita por meio do plantio de essências arbóreas nativas, haja vista a relação explícita dessa prática com o ciclo hidrológico. Para tanto, concluiu-se que seriam necessários 23,42 hectares para a neutralização da pegada hídrica total do evento. |