Modos de uso e configuração espacial no Residencial Atalaia – Programa Minha Casa, Minha Vida em Governador Valadares, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cunha, Weder Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7647
Resumo: Propõe-se compreender a relação existente entre os modos de uso e os saberes – conhecimento técnico arquitetônico e trabalho técnico social – empreendidos na configuração espacial de um residencial produzido pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Os moradores são originários de residências unifamiliares em diferentes bairros populares. Parte-se do pressuposto que os usuários dos programas habitacionais de interesse social guardam suas particularidades em suas práticas socioespaciais, produto de uma razão prática operada pelo habitus. Este que é um dispositivo de inteligibilidade e adaptação a novas situações sociais pode estabelecer também resistência quanto às práticas cotidianas requeridas, ou mesmo na relação simbólica com o lugar. Analisam-se comportamentos, percepções e o sentido do lugar para os moradores. Descreve-se a dinâmica socioespacial na intercessão entre o estilo de vida, a arquitetura e os saberes sociais ali aplicados. A revisão bibliográfica dá a conhecer o sujeito que habita; a observação direta, entrevistas e questionários permitem-nos apreender os dados simbólicos e funcionais de ocupação do espaço; e a análise documental dá-nos acesso ao programa, aos projetos arquitetônicos e ao trabalho social realizado com as famílias. Revela-se um repertório de práticas socioespaciais adequado, dada organização, limpeza, e manutenção do condomínio, além de relativa boa convivência. Ajustes na gestão condominial e um trabalho de aproximação dos moradores são requeridos para maior bem-estar no cotidiano dos moradores. Identificam-se moradores satisfeitos e vinculados ao território, há aqueles em adaptação, outros que resistem ao lugar e aqueles em quem não foi possível identificar sua relação com o novo morar. O bairro e entorno demonstram lacunas na atenção da política urbana.