Fatores associados ao câncer de mama em mulheres atendidas em um serviço público de Belo Horizonte, Minas Gerais – Um estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sediyama, Catarina Maria Nogueira de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8824
Resumo: O câncer de mama é o principal tipo de câncer que acomete as mulheres brasileiras, com importante morbimortalidade nessa população. Medidas simples como a realização de mamografia podem impactar negativamente a mortalidade por essa doença, uma vez que possibilita o diagnóstico precoce e o tratamento com intuito curativo. A vitamina D possui propriedades anticânceres, e hoje infere-se que o polimorfismo do receptor da vitamina D pode influenciar o risco de câncer de mama na população feminina. A fim de contribuir para o melhor entendimento dos fatores relacionados à doença e a realização de exames para seu diagnóstico, esta tese é composta de quatro artigos. O primeiro artigo de revisão avaliou a relação entre a doença e as vitaminas A, C, D e E, seu consumo ou suplementação, na população feminina. Em seguida são apresentados três artigos originais. No artigo 2 foram apresentados os resultados das análises dos níveis de vitamina D, cálcio, fósforo e paratormônio na população estudada e avaliada a associação entre os fatores de risco relacionados à vida reprodutiva, as características antropométricas e os hábitos de vida das mulheres e a presença de câncer de mama. Foi demonstrado que os níveis de vitamina D estavam associados inversamente ao câncer de mama, enquanto as dosagens de cálcio, fósforo e paratormônio não se mostraram diferentes entre os grupos. Houve associação direta da menopausa e da história familiar de câncer de mama e inversa da prática de atividade física moderada com a doença. No artigo 3 foram avaliados os fatores relacionados à realização do primeiro exame de mamografia antes dos 40 anos. Foi encontrada associação inversa entre a realização do exame precocemente e a procedência rural da paciente, a ausência do uso contraceptivo oral e ser eutrófica. Foi demonstrada ainda associação direta com o maior nível de escolaridade, menopausa e obesidade. O artigo 4 abordou a presença do polimorfismo do receptor da vitamina D, os níveis de IL17 e o nível de vitamina D em mulheres do grupo com câncer de mama comparado com o grupo controle saudável. Não se encontrou associação entre a presença do polimorfismo e o câncer de mama. As pacientes saudáveis apresentaram valores mais elevados de vitamina D e IL17, também sem associação entre esses níveis e a presença do polimorfismo nessa população. Concluiu-se neste estudo que a hipovitaminose D está associada ao câncer de mama na população feminina e que a presença do polimorfismo rs7975232 não está associado ao aumento de risco de câncer de mama e não influenciou os níveis de vitamina D ou IL-17 na população brasileira.