Fenologia e qualidade de frutos, fisiologia da planta e decomposição de serrapilheira em abacateiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cavalcante, Alian Cássio Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28180
Resumo: O abacateiro é uma árvore frutífera perene, cultivada em países de clima tropical e subtropical. Seus frutos podem ser utilizados de diversas formas, consumido de forma in natura ou industrializados. As amplas condições de manejo do pomar de abacateiro principalmente quanto ao clima, ao solo e ao manejo agronômico e nutricional, podem influenciar diretamente na qualidade nutricional e no amadurecimento dos frutos. As plantas de abacateiro necessitam de adequado suprimento de nutrientes para que mantenham taxas fotossintéticas adequadas. Além da absorção de nutriente a remobilização dos mesmos para os órgãos reprodutivos garantem a produção da planta, em quantidade dependente da reserva acumulada nas plantas para sua produção. Portanto objetivou-se avaliar o somatório térmico, fenologia e o somatório de graus- dia e a qualidade de frutos, fisiologia de planta e decomposição de serrapilheira do abacateiro. O experimento do capítulo I foi conduzido na região do Alto Paranaíba, Minas Gerais durante os meses de agosto de 2018 a junho de 2019. Foram acompanhados o diâmetro longitudinal e transversal, massa fresca do fruto, massa seca dos frutos, porcentagem de massa seca de frutos e o somatório térmico e crescimentos dos frutos da cultivar Hass dos estádios fenológicos 711 (Crescimento inicial do ovário) aos 719 (90% ou mais do tamanho final do fruto). Para o capítulo II avaliou-se as análises da composição do fruto, na qual foi utilizado arranjo fatorial 3×2, composto por três cultivar de abacateiro (Fortuna, Margarida e Hass) e duas regiões com altitudes contrastantes (650 e 1150 m), procedendo avaliações da qualidades pós-colheita e concentração de nutrientes na polpa. No capítulo III foram avaliadas as trocas gasosas em duas cultivares de abacate (Hass e Margarida) e em três estádios fenológicos de folhas (jovem, índice e senescente). A remobilização dos nutrientes foi determinada nas cultivares de abacateiro citadas anteriormente, e em folhas de quatro estádios fenológicos (jovem, índice, senescente e decídua). No capítulo IV, para avaliar a decomposição e a ciclagem de nutrientes foram adicionados debaixo de copa de árvores de abacate “litterbags” com dimensões de 40x40cm, sendo analisadas as serrapilheiras das cultivares Hass e Margarida, e recolhidas a cada dois meses para avaliar asmatérias secas remanescente (MS) e teor nutricional (N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn e Mn). No geral, verificou-se que os maiores diâmetros, a massa fresca e o teor de matéria seca no estádio 718 dos frutos de abacateiro ‘Hass’ demandou 2.778,9 °C dia. Frutos de abacate produzidos em região de maior altitude apresentaram melhor qualidade pós-colheita, exceção para a porcentagem de matéria seca da polpa e teor de óleo. Frutos da cultivar Fortuna produzidos em região de baixa altitude possuem maior concentração de N, P e os frutos de ‘Hass’ maior teor de K. Os maiores teores de N, P, K e B na cultivar Hass ocorreram nas folhas jovens e os maiores de Ca e Mg nas senescentes e decíduas; S, Fe, Zn em folhas senescentes e de Cu, Mn nas decíduas. Os maiores teores de N, P, K, B, Zn, Mn, Cu na cultivar Margarida ocorreu nas folhas jovens, e os maiores de Ca nas folhas senescentes e decíduas; e os de Mg, S, Fe nas senescentes. A taxa de remobilização de nutrientes deve ser considerada como ferramenta na recomendação de adubação, considerado o menor parcelamento de adubação de nutrientes com mobilidade na planta. A alta concentração de B e Zn nas folhas jovens e índices do abacateiro, pode sugerir transporte através do floema, o que deve ser considerado no manejo da adubação. A MS remanescente aos 360 dias foi de 22% do valor inicial. O nutriente com maior taxa de mineralização foi o K, com total liberação aos 240 dias. A menor taxa de liberação foi do Ca. Os nutrientes N, P e Mg foram liberados em maior quantidade nos 120 primeiros dias. Em relação aos micronutrientes, Zn apresentou menor taxa relativa de decomposição, seguido do Cu e Mn. Devido às significativas quantidades de nutrientes mineralizados da serrapilheira, essa deve ser considerada na recomendação de adubação de abacateiro, especialmente quando o volume de serrapilheira é alto. Palavras-chave: Persea americana Mill.. Manejo de plantas. Fenologia de frutos.