Novo método de síntese de nanopartículas de prata e avaliação de seu efeito antimicrobiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fernandes, Patrícia érica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2885
Resumo: Neste trabalho, é apresentado um novo método de síntese de dispersões coloidais de nanopartículas de prata (AgNPs) com efeito antimicrobiano. A formação das AgNPs foi conseguida pela dispersão de sulfadiazina de prata (SP) 1% m/v em brometo de dodeciltrimetil amônio (DTAB) nas concentrações de 15,6 mM e 31,2 mM, o que corresponde à concentração crítica micelar (1 x CMC) e duas vezes a concentração crítica micelar (2 x CMC), respectivamente. A formação das nanopartículas (NPs) foi verificada por espalhamento dinâmico de luz (DLS), espectroscopia de fluorescência e microscopia eletrônica de transmissão (TEM). O tamanho médio das partículas por espalhamento dinâmico de luz foi de 3±1 nm e de 2,8±0,4 nm para cada uma das dispersões preparadas a partir de DTAB, nas concentrações de 1 x CMC e 2 x CMC, respectivamente. Foi verificada a emissão de fluorescência pela irradiação das amostras com luz UV, comprimento de onda de 369,7 nm, apenas nas dispersões coloidais obtidas pela dispersão de SP em DTAB, indicando a formação de NPs. Nas dispersões contendo somente SP 1% m/v ou DTAB 1 x CMC e 2 x CMC não foi verificada a emissão de fluorescência. A formação das AgNPs foi confirmada por TEM, em que a análise cristalográfica da imagem revelou espaçamentos interplanares próximos de 2,3 Å, característicos da prata na orientação {111} (2,359 Å). O efeito antimicrobiano das dispersões coloidais de AgNPs e dos reagentes foi avaliado pela técnica de inibição da multiplicação microbiana por difusão em ágar contra as bactérias Grampositivas Staphylococcus aureus ATCC 6538 e Staphylococcus epidermidis ATCC 12228 e contra as bactérias Gram-negativas Escherichia coli ATCC 11229, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442, Klebsiela pneumoniae ATCC 10031 e Enterobacter aerogenes ATCC 13048. A dispersão coloidal de AgNPs utilizando-se DTAB 1 x CMC apresentou maior efeito antimicrobiano (p < 0,05) contra E. coli em relação aos reagentes utilizados, que foram SP 1 % m/v e DTAB 1 x CMC. Já a dispersão coloidal de AgNPs obtida pelo uso de DTAB 2 x CMC apresentou maior efeito antimicrobiano (p < 0,05) sobre P. aeruginosa em relação aos reagentes utilizados, que foram SP 1 % m/v e DTAB 2 x CMC. Essa maior eficiência foi atribuída à presença das AgNPs. Ambas as dispersões coloidais de AgNPs apresentaram o mesmo efeito antimicrobiano (p > 0,05) para cinco das seis bactérias estudadas, com exceção da S. epidermidis, em que a dispersão coloidal contendo a maior concentração do surfactante (2 x CMC) foi melhor (p < 0,05). Nesse caso, o maior efeito antimicrobiano deve ser atribuído à maior concentração de surfactante e não à presença das AgNPs, pois a dispersão contendo AgNPs em DTAB 2 x CMC não foi diferente (p > 0,05) daquela com apenas DTAB 2 X CMC sobre essa bactéria.