Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Lis Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/23795
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Resumo: |
Apesar do processo de erosão genética e cultural intensificado com a “Revolução Verde”, outras formas de cuidar da vida são mantidas e estimuladas pelos camponeses/as, povos tradicionais e movimentos agroecológicos. Uma delas é a conservação dinâmica das sementes ditas “crioulas” em seus territórios, sementes locais, adaptadas às condições edáfico climáticas e com identificação e identidade cultural. O objetivo geral do trabalho foi identificar tais estratégias e práticas, seus significados e sua relação com a soberania e segurança alimentar no assentamento da reforma agrária Dênis Gonçalves, localizado na Zona da Mata de Minas Gerais. Foram diferentes as estratégias encontradas. A primeira que destacamos é a luta pela terra e a conquista do próprio assentamento. Novos desafios se colocaram: a infra- estrutura necessária para habitação e produção, o conhecimento ecológico local sobre o relevo, clima, temperatura e solos, a organização interna do grupo e o conhecimento sociocultural da região. A partir disso, sementes têm sido retomadas, selecionadas e incorporadas ao plantio. Uma ação estratégica foram as práticas de trocas e intercâmbios entre os camponeses/as, pois elas promovem a aquisição de novas variedades e a troca de saberes e práticas. Algumas sementes são conservadas nas próprias áreas de cultivo, a maioria em garrafas tipo PET de variados tamanhos, em paiol ou pequenas estruturas e/ou em misturas como com em terra de formiga. Outras, no entanto, são compradas novamente a cada ciclo produtivo em casas de lavoura ou agropecuárias. As sementes tomam dimensões muito distintas para os/as assentados/as, seja por um valor simbólico-espiritual, seja por meio de produção e vida, seja pela forma organizativa e político-ideológica do movimento social. Ao adentrar nos agroecossistemas, reforçamos a importância da sociobiodiversidade na autonomia alimentar das famílias e na dinâmica dos subsistemas. O tema soberania alimentar perpassou todas as entrevistas e conversas em grupo. Destacamos, por fim, as espécies e os alimentos que foram identificados como os principais mantenedores da alimentação cotidiana dos núcleos sociais entrevistados, o que foi mais citado e lembrado foi o feijão. O trabalho, pois, evidenciou a luta camponesa na concretização da reforma agrária popular e na conservação, dinâmica e múltipla, de culturas (sementes e saberes). Por fim, por meio de processos educativos, o assentamento constrói culturalmente e politicamente sistemas agroalimentares voltados para o bem comum. |