Morfologia e morfometria na morfogênese do pâncreas do gambá Didelphis aurita durante o desenvolvimento intramarsupial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tótaro, Priscila Izabel Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Mestrado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2361
Resumo: Diversos estudos sobre os marsupiais relatam que o desenvolvimento de vários de seus órgãos internos, se completa depois do nascimento, durante o período em que os filhotes permanecem no marsúpio. Isto acontece com os órgãos do aparelho digestório, incluindo o pâncreas. Este estudo relatou os aspectos morfológicos relevantes encontrados no pâncreas do gambá-de-orelha-preta Didelphis aurita durante o seu desenvolvimento intramarsupial. Foram utilizados 12 filhotes provenientes de 3 fêmeas diferentes, capturadas em pequena região de mata situada na Vila Gianetti, na UFV. Os filhotes foram retirados da bolsa e divididos em 3 grupos de acordo com o seu comprimento CR médio: 10, 50, e 100mm. Após a eutanásia dos animais, foi realizada a biometria corporal, a pesagem e a medição do pâncreas. Com relação aos animais que mediam 10mm de comprimento CR e tinham, portanto, poucas horas de vida intramarsupial, o pâncreas pôde ser descrito como visivelmente imaturo, dada a ausência de ácinos e ilhotas, estruturas típicas do órgão adulto, e embora ambos os componentes endócrino e exócrino estivessem presentes, o aspecto que mais se destacou foi a presença de ductos primitivos com diâmetro e comprimento bastante grandes e a ocorrência de vasos sanguíneos, muito abundantes, com eritrócitos nucleados em seu interior. Nos indivíduos medindo em média 50mm as análises histológicas revelaram a presença dos componentes exócrinos arranjados em ácinos ainda em desenvolvimento e das células endócrinas já arranjadas em ilhotas (embora também estivessem presentes na forma de pequenos grupos ou isoladas). Os ductos assumiram um aspecto similar ao visto no adulto, com um ducto centro-lobular maior e vários outros ductos menores, próximos aos ácinos. A presença de tecido conjuntivo e a divisão do órgão em lóbulos se tornaram mais evidentes nesse estágio. Nos filhotes que mediam em média 100mm, se encontrando no terço final da gestação externa, a histologia do pâncreas mostrou a presença de ácinos mais bem estruturados e com lúmens relativamente menores. As ilhotas possuíam diâmetro notavelmente maior e a presença de tecido conjuntivo delimitando-as era mais evidente neste estágio. A morfometria mostrou variações consideráveis na proporção dos componentes pancreáticos entre as etapas do desenvolvimento intramarsupial. Esta diferença está de acordo com o encontrado na literatura para outras espécies Didelphis, e indicam que de fato o pâncreas sofre modificações morfológicas durante o período de gestação externa. O diâmetro das ilhotas pancreáticas não variou entre os terços médio e final da gestação externa, mas foi significativamente diferente nas três regiões do pâncreas dos animais dos dois grupos, indicando o crescimento desigual dessa estrutura, entre as três regiões anatômicas do pâncreas, durante o desenvolvimento intramarsupial.