O trade-off crescimento-sobrevivência em espécies arbóreas em Floresta Atlântica secundária: o crescimento em altura explicado por traços funcionais vegetativos e reprodutivos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Botânica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32575 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.435 |
Resumo: | A busca por mecanismos que permitem entender como as espécies ocupam diferentes ambientes tem atraído a atenção dos pesquisadores. Nesse sentido, ambientes florestais tropicais vêm sendo estudados, buscando compreender sua dinâmica, visto que estes sustentam grande parte do equilíbrio e produtividade dos ecossistemas globais. O estudo dos traços funcionais das plantas e de sua diversidade são cada vez mais utilizados no estudo desses ambientes, devido a capacidade de avaliar as propriedades e processos ecológicos. O projeto teve como objetivo geral avaliar o crescimento em altura das espécies de árvores e sua relação com as características funcionais de caule, folhas, frutos e sementes em uma florest relativamente jovem. Testamos as hipóteses de que (I) A altura das espécies de árvores se relaciona inversamente com os tamanhos de fruto, tamanhos de semente e densidade da madeira e diretamente com o tamanho foliar; (II) os traços funcionais reprodutivos das espécies de árvores possuem uma maior porcentagem de explicação do crescimento em altura que os traços vegetativos e (III) o trade-off “crescimento- sobrevivência” funciona diferente entre espécies zoocóricas e não zoocóricas. O estudo foi realizado em espécies de árvores recenseadas em 50 ha de Floresta Atlântica secundária no município de Frutal, MG, Brasil. As métricas da altura das espécies (altura máxima, altura média e moda da altura) foram diretamente obtidas de 74.335 árvores de 170 espécies. As espécies recenseadas tiveram as medidas das características reprodutivas e vegetativas foliares e suas médias aritméticas adquiridas por várias fontes como artigos, dissertações, sites ou calculadas por consulta ao sistema Species Link. As espécies foram classificadas também quanto a síndrome de dispersão, zoocóricas e não zoocóricas, com base à consulta em artigos e listas de espécies publicadas. Os resultados revelaram que os traços funcionais relacionados as folhas, pecíolo, frutos e sementes se mostraram eficientes para explicar o trade‐off crescimento-sobrevivência para as medidas de altura. A variável altura máxima foi a métrica de altura que melhor respondeu às variáveis explicativas, sendo o proxy de crescimento mais confiável. Grande parte das espécies do estudo, são espécies pioneiras, ou seja, que colonizam um ambiente inóspito para outras espécies, com condições pouco favoráveis para a sobrevivência. Folhas maiores e frutos e sementes de maiores comprimentos, porém menores volumes se relacionam a espécies com maiores alturas. Os traços reprodutivos se destacaram na explicação da altura e houve diferença sútil entre a relação desses traços nas diferentes síndromes de dispersão. Foi possível verificar o trade-off crescimento-sobrevivência em espécies arbóreas em uma floresta jovem. Esses conhecimentos nos permitirão predizer a estruturação de comunidades, bem como implementar técnicas mais adequadas de manejo e conservação. Palavras-chave: Atributos funcionais; ecologia funcional; síndromes de dispersão; altura da planta; traços reprodutivos. |