Desenvolvimento e caracterização de filme nanocompósito de base celulósica e sua avaliação como embalagem ativa antimicrobiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Almeida, Germanna Wilk Reis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2891
Resumo: A produção de alimentos com qualidade e segurança microbiológica é o objetivo constante das indústrias alimentícias. Neste contexto, estudos têm demonstrado a eficiência e a aplicabilidade das embalagens ativas antimicrobianas, capazes de inibir micro- organismos deterioradores e/ou patogênicos. Além disso, a preservação ambiental e a necessidade de se utilizar novas fontes de matéria-prima para diminuir a dependência do petróleo, são um incentivo para o desenvolvimento e utilização de embalagens obtidas a partir de materiais renováveis. O desenvolvimento de nanocompósitos pode melhorar as propriedades físicas e mecânicas de polímeros biodegradáveis, e dessa forma a nanotecnologia representa a possibilidade de obtenção de centenas de novos materiais para a indústria de embalagens de alimentos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar nanocompósitos de base celulósica adicionados de nanopartículas de prata e diferentes argilas montmorrilonita (MMT), avaliar suas propriedades físicas e mecânicas e características microscópicas, e testar sua eficiência antimicrobiana in vitro sobre micro-organismos contaminantes de alimentos. As características dos filmes de acetato de celulose de espessura e taxa de transmissão ao vapor de água (TTVA) não foram alteradas pela adição dos nanocompostos. Porém, as nanopartículas de prata interagiram de forma desfavorável com a argila Nanofil, provocando um aumento nos valores de rugosidade média (Ra), taxa de transmissão ao oxigênio (TTO), e uma diminuição da resistência à tração dos nanocompósitos quando incorporados com a argila. Uma estrutura intercalada no interior do polímero foi observada para as argilas Cloisite 10A® e Cloisite 30B® por meio de microscopia eletrônica de transmissão (MET), que evidenciou também a formação de estruturas tactóides da argila Nanofil®. A análise de microscopia eletrônica de varredura (MEV) revelou a formação de galerias no interior dos polímeros incorporados com os diferentes MMT s, e a formação de grandes estruturas na superfície dos nanocompósitos acetato / Nanofil®. Ação antimicrobiana contra Escherichia coli, Salmonella enterica sorotipo Choleraesuis e Staphylococcus aureus foi observada pela formação de halos de inibição quando incubados a 7 °C. Porém, a velocidade específica de crescimento dos micro- organismos Salmonella enterica sorotipo Choleraesuis e Listeria innocua não foi alterada pelos nanocompósitos. O método casting foi capaz de produzir nanocompósitos a partir do biopolímero acetato de celulose e argilas Cloisite 10A® e Cloisite 30B®, porém a obtenção de uma estrutura intercalada das argilas organofílicas não é suficiente para a melhoria das propriedades de filmes biopoliméricos de acetato de celulose. Seu uso como embalagem ativa antimicrobiana deve ser otimizado para a liberação dos íons de prata.