Fatores determinantes da riqueza e composição local da comunidade de formigas de serapilheira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Campos, Renata Bernardes Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9825
Resumo: Esta tese teve por objetivo testar a importância de fatores locais para a riqueza e estrutura da comunidade de formigas em ambiente de serapilheira. No primeiro capítulo a hipótese de que a disponibilidade e heterogeneidade local de recursos determinam a riqueza local de espécies de formigas foi testada, utilizando o peso da serapilheira como medida indireta de disponibilidade de recursos. Foi encontrada uma relação positiva estatisticamente significativa entre o peso seco da serapilheira e a riqueza local de espécies de formigas. A s análises não mostraram maior importância de nenhuma das frações da serapilheira (folhas, frutos, ramos, detritos), também não foram encontrados efeitos da heterogeneidade da serapilheira sobre a riqueza local de espécies de formigas. A ausência do efeito da heterogeneidade é uma evidência de que a escala utilizada nesta tese é apropriada para o estudo de processos locais. No segundo capítulo a hipótese de que a dinâmica local de imigração e extinção determina a riqueza local de espécies de formigas em serapilheira foi testada experimentalmente. A hipótese complementar de que a disponibilidade e heterogeneidade local de recursos afetam a dinâmica local desta comunidade também foi testada. O estudo da dinâmica da comunidade não mostrou um efeito significativo das extinções locais sobre a riqueza local pelo período de dois meses. Os resultados evidenciaram que a dinâmica das espécies de serapilheira parece ser mais afetada pelos movimentos das espécies do que pela extinção local. O experimento com recolonização mostrou que há migração para áreas onde há remoção de espécies, entretanto dois meses (duração do experimento) não foi um período de tempo suficiente para recuperar a riqueza local encontrada antes do distúrbio. A recolonização foi independente da abundância, composição e heterogeneidade da serapilheira, reforçando os resultados do primeiro capítulo. A composição da comunidade após a migração também foi alterada, ou seja, as espécies que recolonizaram uma área não foram as mesmas que habitavam aquele local antes do distúrbio. Este fato mostrou que perturbações em pequena escala podem ser um fator importante para a estrutura desta comunidade. É provável que após um distúrbio a comunidade mude ao longo do tempo, desta forma é possível que a comunidade de serapilheira seja formada por um mosaico de manchas em diferentes estágios de sucessão.