Neoplasias melanocíticas cutâneas em cães: aspectos clínicos e histopatológicos em 58 casos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Camargo, Luciane Pires de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5019
Resumo: Foram analisados os aspectos clínicos e histopatológicos de 39 casos (42 lesões) de melanocitoma e 19 casos (19 lesões) de melanoma cutâneos caninos. Os melanocitomas acometeram tanto animais jovens como idosos, sem predisposição sexual. Neste estudo, os cães mais acometidos foram os da raça Schnauzer e Doberman, seguidos por aqueles sem raça definida. Clinicamente, a maioria das lesões apresentou-se solitária e localizada na região palpebral, interdigital e torácica. Geralmente, as lesões eram papulares, alopécicas, não aderidas, enegrecidas, com consistência firme e diâmetro médio de 1,2 cm. Recidivas e metástases não foram observadas, confirmando o bom prognóstico associado aos melanocitomas. Histopatologicamente, observou-se que o subtipo dérmico foi o mais freqüente. Quatro tipos celulares foram observados, tendo a maioria das lesões apresentado a combinação de células fusiformes e redondas grandes. As células apresentaram diversos arranjos celulares e os mais observados foram o sólido associado ou não a tecas. O estroma mostrou-se composto por traves colagênicas, pouco celular, mais eosinofílico, denso e hialino que o normal O comportamento biológico benigno dos melanocitomas correspondeu à aparência histológica Os melanomas acometeram animais mais idosos, sem predisposição sexual. Os cães mais acometidos foram os sem raça definida, seguida por aqueles das raças Rottweiler, Pinscher, Cocker Spaniel, Airedale. Clinicamente, as lesões apresentaram-se solitárias e localizadas freqüentemente no lábio e na pálpebra. A maioria dos tumores apresentou-se ulcerado, nodular, com consistência firme e diâmetro médio de 2,5 cm. Algumas lesões apresentaram recidivas. Metástases não puderam ser comprovadas. Dos casos com seguimento clínico conhecido, alguns foram curados pelo procedimento cirúrgico, entretanto, a maioria apresentou óbito, provavelmente relacionado à doença neoplásica, confirmando o prognóstico ruim associado ao melanoma. Histopatologicamente, freqüentemente foram observadas lesões com atividade juncional e dérmica, tendo sido a infiltração pagetóide um achado pouco freqüente. Observaram-se quatro tipos celulares, porém, o grupamento de células fusiformes e epitelióides foi o mais freqüente. As células apresentaram diversos arranjos celulares, mas o sólido associado ou não a tecas foi o mais observado. O estroma apresentouse, na maioria das vezes, escasso, pouco celular, desmoplásico e com discretas traves colagênicas. O exame histopatológico permitiu predizer aproximadamente 60 % do comportamento maligno do melanoma.