Panorama do mercado de sementes e da disseminação de pragas quarentenárias no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santana, Vanessa Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9575
Resumo: Semente é o insumo básico em qualquer produção agrícola e sem dúvida o sucesso do agronegócio brasileiro depende da utilização de sementes de qualidade. A associação de pragas com as sementes é um risco ao comércio internacional, consequentemente, a utilização de sementes ilegais aumenta potencialmente o risco de introdução de pragas quarentenárias em áreas isentas. Apesar do risco eminente associado às sementes ilícitas no Brasil, não há relatos na literatura sobre a relação entre comércio ilegal de sementes e a disseminação de pragas quarentenárias. O presente trabalho teve como objetivo analisar os riscos fitossanitários associados às sementes ilegais, levando em conta a produção, comercialização, fiscalizações nas safras 2009-2013 e identificando as pragas quarentenárias ausentes disseminadas por sementes. Os dados foram obtidos por meio de consulta à literatura técnico-científica e informações disponíveis em páginas eletrônicas de entidades e órgãos da área. Os resultados são apresentados em gráficos e tabelas que ilustram o panorama nacional sobre o tema. Com as informações obtidas concluiu-se que houve aumento na produção de sementes entre as safras 2009-2013, com destaque para as culturas de soja e milho. A taxa de utilização de sementes certificadas ainda é preocupante para algumas culturas importantes do país: feijão, arroz, algodão, soja e trigo. Os estados com mais fiscalizações entre 2009-2013 foram: São Paulo, Minas Gerais e Paraná. No entanto, os estados com mais irregularidades encontradas foram: Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais. Das pragas quarentenárias ausentes no Brasil (A1), 162 espécies estão presentes em países da América do Sul, das quais 49 são potencialmente veiculadas por sementes, embora as demais também possam ser disseminadas em contaminações de lotes de sementes ilegais. Para minimizar os problemas fitossanitários associados à pirataria de sementes no Brasil, ações educativas sobre a gravidade do problema e melhoria do sistema de fiscalização em estados e áreas de fronteiras sul-americanas devem ser consideradas pelo sistema nacional de defesa sanitária.